Mesmo tendo atuado ativamente na campanha da então candidata Cida Borghetti (PP), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), não hesitou em se aproximar de Ratinho Junior (PSD) logo após sua vitória na disputa pelo governo do Paraná. Ao fazer esse movimento, Greca abriu espaço para críticas sobre a flexibilidade de sua postura política, mas, por outro lado, tomou a iniciativa para evitar as consequências negativas do desentendimento entre os comandantes do governo e da prefeitura. As disputas entre Gustavo Fruet (PDT) e Beto Richa (PSDB) deixaram claro que essas altercações são ruins tanto para as pretensões políticas dos gestores como para a cidade.
Provavelmente, a pauta mais urgente de Greca com Ratinho é a manutenção do subsídio do governo ao transporte coletivo de Curitiba. Como o valor que a prefeitura tem que repassar às empresas concessionárias a cada rodada da catraca é cerca de R$ 0,45 superior ao que arrecada com a venda da passagem, o sistema de transporte na cidade é deficitário. A previsão é que em 2018 esse rombo seja de R$ 80 milhões.
ASSISTA: Presidente da Urbs fala sobre desafios do transporte coletivo em Curitiba
E é esse valor que a prefeitura espera receber de Ratinho para que não precise aumentar muito o preço da tarifa. Atualmente, se o valor fosse o do custo, os curitibanos pagariam R$ 4,71, em vez de R$ 4,25. Essa situação deve piorar em 26 de fevereiro de 2019, data contratual para a concessão de reajuste na tarifa.
Neste ano, quem ajudou a segurar o preço da passagem foi a governadora Cida Borghetti (PP), que subsidiou o sistema com R$ 71 milhões do governo do estado.
Para 2019 a prefeitura não tem uma solução mágica para aumentar a receita do sistema nem para diminuir seus custos de operação. Portanto, a única solução possível para evitar que a passagem chegue perto de R$ 5, é contar com o apoio financeiro do Palácio Iguaçu.
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