Rafael Greca (PMN) chegou à prefeitura de Curitiba com o apoio do ex-governador Beto Richa (PSDB) e do casal Cida Borghetti (PP) e Ricardo Barros (PP), que declarou apoio ao atual prefeito após a derrota da filha Maria Victoria no primeiro turno das eleições de 2016. Como prefeito, Greca governou com o apoio do mesmo grupo.
Logo que assumiu a gestão da cidade, o prefeito contou com a ajuda de Richa com um repasse para a compra extraordinária de medicamento e com o anuncia da retomada da integração do transporte coletivo. Quando Richa deixou o governo e Cida assumiu, o Palácio Iguaçu seguiu aberto para a prefeitura. A governadora ajudou, por exemplo, com um providencial subsídio de R$ 71 milhões, que permitiu a prefeitura manter a tarifa de ônibus em R$ 4,25.
Nas eleições deste ano, Greca retribuiu o apoio recebido e entrou de cabeça na campanha de Richa e, sobretudo, na de Cida. Com a derrota dos dois aliados, o prefeito correria o risco de ficar isolado politicamente e ver cessar o generoso fluxo de recursos que tem vindo do governo. Pragmático, o prefeito já começou a se aproximar do governador eleito Ratinho Junior (PSD) para garantir as boas relações institucionais e, quem sabe, o apoio em uma eventual tentativa de reeleição.
Desde a eleição, os dois já trocaram ligações telefônicas e pretendem marcar uma conversa na sede da prefeitura de Curitiba. O movimento é importante para a cidade, que já sofreu com os embates entre Richa prefeito e Requião governador e depois com Richa governador e Gustavo Fruet prefeito.
Essa proximidade também é importante para Ratinho Junior, que pretende trabalhar a integração entre Curitiba e a Região Metropolitana e, para isso, não pode prescindir de um aliado no Palácio 29 de Março.
Pensando em uma disputa pela reeleição em 2020, a aproximação com Ratinho também é indispensável para Greca. Ainda que o candidato natural do futuro governador pareça ser o deputado federal eleito Ney Leprevost (PSD), o cenário ainda não está definido.
Por enquanto, quatro políticos já demonstraram interesse em disputar a prefeitura daqui dois anos: além de Greca e Leprevost, Fernando Francischini (PSL) e Gustavo Fruet (PDT) consideram essa opção.
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