Um acordo entre os governos do Brasil e do Paraguai sobre a compra de energia produzida na Hidrelétrica de Itaipu é o epicentro de uma crise política no país vizinho que culminou, por enquanto, com um pedido de impeachment do presidente Mario Abdo Benítez. Além disso, a crise levou também à queda do chanceler paraguaio, do presidente da estatal Administração Nacional de Eletricidade e do embaixador do Paraguai no Brasil.
Como Itaipu tem financiado obras de infraestrutura no Paraná – a maior delas é a construção de mais duas pontes ligando o Brasil ao Paraguai –, o desencadeamento da crise a partir das relações binacionais na hidrelétrica suscita a preocupação de que os investimentos no estado sejam afetados. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o secretário estadual de Infraestrutura, Sandro Alex, refutam essa possibilidade.
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“Não deve complicar em nada, falando especificamente da ponte. Isso já foi acordado lá atrás, com os dois países, assinatura dos dois diretores, dos dois presidentes e já está com dinheiro depositado dentro do caixa do governo. Então já está dentro do planejamento orçamentário de Itaipu”, então não vejo problema, afirmou o governador.
Segundo ele, esse foi um desentendimento político que já está se acalmando desde que os dois governos concordaram em desfazer o acordo.
Para Sandro Alex, uma garantia para a continuidade dos financiamentos é o fato de Itaipu estar financiando a construção de duas pontes. Uma sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, que é de interesse do Brasil, e outra sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, considerada estratégica para o Paraguai. Dessa forma, os dois países têm interesse em manter em dia os repasses da hidrelétrica.
Além das pontes, Itaipu financia ainda outras obras menores e projetos em diferentes segmentos no Paraná. O governo também está confiante na continuidade dessas atividades.
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