O novo governo não divulga os nomes, mas as definições a respeito de quem ocupará os principais cargos do governo do estado já estão encaminhadas pela equipe de Ratinho Junior (PSD). A principal dificuldade, dizem fontes ligadas ao futuro governador, está na escolha do secretário de Meio Ambiente. Isso acontece porque Ratinho não encontra o perfil desejado para o cargo.
Os aliados contam que o governador eleito procura alguém que consiga equilibrar os interesses de produção agropecuária e conservação da natureza. A dificuldade acontece porque os nomes cogitados pendem excessivamente para um dos lados.
Logo que Ratinho Junior foi eleito, chegou-se a cogitar a possibilidade de haver uma fusão entre as secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, ideia que também foi aventada pela equipe de Jair Bolsonaro (PSL). A equipe do governador eleito rechaça essa tese e diz que a fusão nunca foi um plano de Ratinho. Eles defendem que a Secretaria do Meio Ambiente tem que ter integração plena com a agricultura, mas sem perder seu próprio viés.
De fato, dentro do projeto desenvolvimentista de Ratinho Junior e de seu enfoque na produção agropecuária, uma Secretaria de Meio Ambiente enfraquecida abriria espaço para que os interesses produtivos tratorassem as necessárias restrições impostas pela legislação ambiental.
Quem está de olho na possibilidade de indicar o comandante da secretaria é o Partido Verde, que integrou a aliança eleitoral que levou Ratinho Junior ao Palácio Iguaçu. Após a deputada federal Leandre dal Ponte (PV) desistir de assumir a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, o PV ficou sem cargos no primeiro escalão do governo e espera conseguir esse espaço no Meio Ambiente. A equipe de Ratinho, entretanto, não parece endossar a ideia e segue atrás de um nome para comandar a pasta.
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