Ratinho Junior (PSD) foi impiedosamente atacado no debate entre os candidatos ao governo do Paraná feito pela RIC TV nesta sexta-feira (28). As ofensivas vieram de todos os lados, principalmente de João Arruda (MDB) e Professor Piva (Psol). A estratégia, especialmente no caso de Arruda, é clara: tirar votos de Ratinho para, assim, garantir que a eleição vá para o segundo turno. A governadora Cida Borghetti (PP), que acaba se beneficiando dessa estratégia, também foi para cima de Ratinho, mas em tom menos agressivo.
Na maior parte das vezes, o candidato do PSD dedicava os primeiros segundos de seu tempo a responder aos ataques e logo partia para um discurso mais propositivo, defendendo seu programa de governo. Uma estratégia lógica para quem aparece isolado na liderança.
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Ratinho apanhou por tentar vender a imagem de “nova política”; apanhou por ter sido secretário do ex-governador Beto Richa (PSDB); e apanhou por ter se omitido sobre o 29 de abril.
Em um único momento dos ataques, Ratinho parece ter acusado o golpe: foi quando Professor Piva fez a ilação – irresponsável, diga-se – de que o ex-secretário de Richa também teria recebido “tico-tico” nos casos de desvios de recursos que estão sendo apurados no governo do Paraná. Não há nenhuma informação do Ministério Público que indique qualquer participação do candidato nos esquemas apurados.
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Ainda que ele não tenha cometido nenhuma gafe em suas defesas, a chuva de ataques certamente pôs uma pulga atrás da orelha dos eleitores que acompanharam o debate, especialmente pela estratégia do candidato de não enfrentar diretamente as acusações. Há, além disso, as versões pós-debate, que as campanhas se dedicarão a repassar em suas redes sociais oficiais e também no fluxo sub-reptício de memes eleitorais que saem dos núcleos de propaganda das campanhas e se espalham pelos grupos de Whatsapp.
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