Orçamento enxuto não garante recursos para obras que eram previstas| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A baixa previsão de investimentos da União para 2020 contida no projeto de orçamento encaminhado para o Congresso Nacional deve afetar obras no Paraná. Algumas delas já estavam em andamento e terão dificuldades para avançar, e outras devem passar mais um tempo no papel, antes que, de fato, sejam iniciadas. Confira:

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BR-487

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Um empreendimento que está em execução, mas que não tem verba garantida no orçamento de 2020, é a pavimentação da BR-487, a Estrada Boiadeira, no trecho que liga Porto Camargo à Serra dos Dourados, na região Noroeste do Paraná. Depois de o contrato ter sido paralisado por mais de um ano entre 2017 e 2018, os projetos foram retomados no fim do ano passado e neste ano o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) executou obras de terraplanagem no trecho que tem, ao todo, 47 km.

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BR-158

Já na BR-158, no trecho que ligaria Campo Mourão a Palmital, as obras devem passar mais um ano no papel. Em 2013, a então presidente Dilma Rousseff (PT) esteve na região e assinou a ordem de serviço para as obras. Naquele momento, a previsão era de entregar o trecho de 110 km em 2014. Cinco anos depois as obras não começaram e, como não há investimentos previstos para 2020, devem seguir do mesmo modo no ano que vem.

Contorno Sul Metropolitano Maringá

Por fim, um terceiro empreendimento sobre o qual havia expectativa de início em 2020, mas que não tem recursos previstos no orçamento federal, é o Contorno Sul Metropolitano Maringá. A obra até tinha recursos que permitiriam seu início em 2019, mas, com problemas na licitação, o orçamento foi remanejado e sua execução cancelada. Sem recursos para 2020, o contorno – que pelo projeto tem 32 km – seguirá no papel.

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A estratégia do governo

A falta de recursos para investimentos em rodovias deixa claro que a estratégia do governo é tocar essas obras com parcerias privadas. Isso coloca mais expectativas, no caso paranaense, sobre o plano de concessões que o governo federal está estudando para o estado no âmbito da renovação dos contratos de concessão do Anel de Integração. Pelo que foi divulgado até agora, União e estado já acertaram a expansão do Anel dos atuais 2,5 mil km para 4,1 mil km.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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