Se a prefeitura de Curitiba executar o que está previsto no orçamento de 2018, os alagamentos que aconteceram neste verão terão menos chances de acontecer. O planejamento do município prevê que serão destinados R$ 134,8 milhões em obras de macrodrenagem.
O valor é quase três vezes maior que o que foi investido em 2017, R$ 48,2 milhões, e quase seis vezes o valor de 2016, R$ 23,4 milhões.
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As obras de macrodrenagem têm sido coordenadas pelo secretário Luiz Fernando Jamur, que acumula a secretaria de Governo e a presidência do IPPUC. Segundo ele, as principais obras que estão sendo tocadas dentro do projeto de obras de macrodrenagem são o reperfilamento do Rio Barigui – que vai aumentar a vazão e, consequentemente, diminuir riscos de enchentes nas comunidades dos bairros Caximba, CIC, Tatuquara e Fazendinha – e as obras no rio Pinhieirinho, que têm oito quilômetros e passam por cinco bairros: Lindóia, Parolin, Fanny, Guaíra e Hauer.
Propaganda infeliz
Apesar de as obras ainda estarem em andamento, a prefeitura de Curitiba propagandeou, em novembro de 2017, que a região Sul já estava preparada para as chuvas de verão. O vídeo divulgado no Facebook acabou sendo um tiro no pé. Na peça, em tom de desafio, a prefeitura dizia “Pode deixar chover, estamos prontos para as chuvas de verão”.
Também no Facebook, já depois das enchentes, o prefeito contemporizou e disse que só um Canal do Panamá seria capaz de evitar uma enchente decorrente das chuvas do dia 3 de março. Luiz Fernando Jamur corroborou a fala de Greca e afirmou que “a chuva de sábado nenhuma obra seguraria”. Segundo Simepar, essa foi a chuva mais intensa do verão, concentrada em apenas meia hora. O instituto informou que foram 70,6 mm de chuva.
Ainda segundo Jamur, apesar da situação registrada naquele fim de semana, já foi possível perceber efeitos positivos das intervenções da prefeitura na bacia do Barigui, porque mesmo diante da grande quantidade de chuva em um curto período de tempo, a enchente “desceu bem rápido”.
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