Com o anúncio de Ricardo Barros de sua disposição em sair candidato à presidência da República pelo Partido Progressista, o Paraná já tem três políticos ensaiando candidaturas ao Palácio do Planalto. Além de Barros, o senador Roberto Requião (MDB) já colocou seu nome à disposição do partido e o também senador Alvaro Dias (PODE) chega às portas do período das convenções partidárias com o nome consolidado em sua legenda.
Apesar dos ensaios, o dia 7 de outubro ainda pode chegar sem que haja nenhum candidato paranaense na disputa – como ocorre nas últimas sete eleições. O último candidato paranaense à presidência foi Affonso Camargo, em 1989.
Ricardo Barros, como informou o colega Rogério Galindo nesta Gazeta do Povo, pode ter lançado seu nome com o objetivo de evitar que o partido se aproxime de Ciro Gomes (PDT). Essa aliança traria dificuldades ao deputado que trabalha para eleger sua esposa Cida Borghetti ao governo do Paraná. Como o partido de Ciro Gomes é o mesmo de Osmar Dias, essa aliança poderia embaralhar os palanques no estado. Por essa tese, a ideia de Barros ao lançar seu nome é levar o partido a apoiar candidatos mais à direita, como Gerlado Alckmin (PSDB).
Já Requião recorre com mais frequência ao expediente de se lançar (ou ser lançado) pré-candidato à presidência. Seu nome esteve na mesa pelo menos em 2006 e 2010. Em 2018, o lançamento da pré-candidatura em maio pareceu mais um ato de posicionamento ideológico dentro do partido que um plano sólido. Atualmente nem o próprio Requião tem insistido na ideia.
Por fim, a pré-candidatura mais estruturada é a de Alvaro Dias, que conta com o apoio do partido e já figura perto dos 5% nas pesquisas de intenção de votos. Alvaro tem dito com convicção que não vai desistir de sua candidatura. Uma nota publicada na coluna Painel da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (12), entretanto, informa que ele já não refuta com tanta veemência a possibilidade de disputar a vice-presidência na chapa do tucano Geraldo Alckmin (PSDB). À Gazeta do Povo o senador já afastou essa tese diversas vezes.
“Vice de Alckmin? É algo que passa muito longe do meu alambrado”, disse, em março, ao repórter Evandro Éboli, em Brasília
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