O senador Alvaro Dias (Podemos) protocolou nesta terça-feira (6) um Projeto de Emenda à Constituição que tem o objetivo de limitar a nomeação para o cargo de embaixador a diplomatas concursados. Se aprovado, o texto impediria a nomeação de Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
O texto apresentado garante, entretanto, que nomes já aprovados pelo Senado Federal, mesmo que não estejam de acordo com a nova regra, assumam a função de embaixador. Portanto, se o Senado aprovar o nome do filho do presidente antes da PEC, ele poderá ser empossado.
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Ao justificar a proposta, o senador argumenta que a medida visa à “mais completa e perfeita profissionalização da diplomacia brasileira”. Segundo ele, nas relações internacionais, a ideologia deve ceder espaço ao pragmatismo.
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Quando divulgou a proposta em suas redes sociais, o senador foi interpelado por um seguidor que perguntou o motivo de não ter apresentado texto semelhante em outros governos. Alvaro respondeu que “isso nunca foi feito porque nunca um presidente brasileiro indicou um parente para ocupar um cargo de tão grande importância estratégica para o país como é o caso da Embaixada do Brasil em Washington”.
“Nos governos anteriores foram diplomatas de carreira que ocuparam o cargo de embaixador, cargo esse que exige um amplo domínio das nuances culturais, econômicas, sociais e políticas do país anfitrião. Nada tenho contra o deputado Eduardo Bolsonaro, mas certamente ele não apresenta esses requisitos mínimos para representar o país e tratar de política externa brasileira com um parceiro da magnitude dos Estados Unidos”, argumentou o senador.
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