Os senadores paranaenses Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos, estão entre os parlamentares que apresentaram um conjunto de Propostas de Emenda à Constituição que reduz o número de parlamentares em um terço: o Senado passaria dos atuais 81 senadores para 54; e, na Câmara, dos 513 deputados ficariam 342. O objetivo dos senadores é que a mesma redução seja aplicada a assembleias legislativas e câmaras municipais.
Os paranaenses apresentaram diversos motivos para justificar a proposta. Para Oriovisto, um ganho que a redução no número de parlamentares traria seria a racionalidade no parlamento.
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“Essa redução [seria boa], sobretudo nas sessões do Congresso, quando se unem todos os deputados e senadores; aquilo parece mais uma casa de loucos. Ninguém ouve ninguém. São seiscentas e poucas pessoas numa sala, onde tudo já foi decidido antes e o que se faz é só cumprir formalidades”, diz.
“Nós precisamos de um parlamento mais racional, onde as pessoas sentem, um ouça o outro, e as questões importantes para o Brasil andem: como reforma política; reforma do Legislativo; reforma tributária; e reforma administrativa. Todas essas coisas hoje não acontecem porque o emaranhado de interesses e o número de partidos e parlamentares é de tal ordem que fica uma grande bagunça; uma barafunda que ninguém se entende”, afirmou o senador de primeiro mandato.
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O senador cita também uma possível melhoria na representatividade com a redução do número de representantes.
“É fundamental diminuir o número de parlamentares até para que a população conheça seus deputados. Hoje em dia, um mês depois das eleições ninguém mais sabe em quem votou para deputado”, avalia.
Alvaro também acredita que um parlamento mais enxuto seria mais qualificado.
“Não é uma questão apenas de economia. É, sobretudo, de qualificação [...] a redução é a chance de termos um parlamento mais competente, capaz de recuperar a credibilidade que perdeu ao longo do tempo”, defende.
Os dois senadores também destacam que a eventual redução no número de parlamentares nos três níveis da federação geraria economia de recursos públicos.
“Se você reduz o número de parlamentares, reduz o número de assessores, carros, auxílio-moradia, verba indenizatória. A economia é fantástica, você reduz despesas do dia-a-dia do Congresso de forma significativa”, diz Alvaro.
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