O mais novo racha no Centro Cívico – coração do poder do estado do Paraná – é entre os que acreditam que o governador Beto Richa (PSDB) sai do governo em abril para disputar o Senado e aqueles que defendem que o tucano segue no comando do estado até o fim do mandato.
Cada grupo tem teses e convicções próprias que levam em conta ingredientes semelhantes: as investigações de corrupção que rondam o governo, o potencial eleitoral de Richa, a pretensão eleitoral do filho e do irmão do governador e as alianças políticas que vêm sendo construída com a família Barros.
Enquanto não revela sua decisão, Richa tem mantido intensa agenda de mandatário com planos de disputar as eleições. O último desses compromissos foi a vistoria feita às áreas de Curitiba atingidas pelas enchentes do último fim de semana.
A visita do governador, acompanhado da primeira-dama e secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, fez lembrar os tempos de Richa prefeito de Curitiba e Fernanda presidente da FAS. Na época, os dois mantinham compromissos frequentes de distribuição de cobertores e outros itens de assistência social.
Outro tipo de evento que não tem faltado na agenda do governador são as inaugurações. Só nos últimos dias, a Agência Estadual de Notícias – órgão de comunicação do governo – registrou a presença de Richa no anúncio da construção de uma nova escola em Pato Branco; de um parque ambiental na mesma cidade; de postos do Instituto de Identificação nas administrações regionais de Curitiba; e a entrega de veículos para as agências do trabalhador e defesa civil.
O ímpeto do governador por agendas positivas já despertou críticas. Recentemente, o pré-candidato ao governo do estado, Osmar Dias (PDT) disse que Richa “debochou” da população ao inaugurar a pedra fundamental das obras de duplicação da BR-369, no Norte do estado.
“Isso só pode ser deboche. Depois de ter passado sete anos no governo, lançar pedra fundamental agora? Algum caminhão, algum carro vai passar nessa pedra fundamental?”, questionou Osmar.
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