Governador Ratinho Junior (PSD) (Foto: José Fernando Ogural/ANPr)| Foto:

Na segunda-feira (29), após os protestos de servidores públicos do Paraná que relembraram a Batalha do Centro Cívico, ocorrida há quatro anos, e pediram reajuste nos salários do funcionalismo, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) elogiou a maturidade dos sindicalistas e do governo.

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“Nós deixamos muito claro para eles que não somos inimigos, muito pelo contrário: o estado depende do bom desempenho do servidor e o servidor depende do bom desempenho do estado. Nós temos que remar o barco para o mesmo lado”, afirmou em entrevista concedida no Ministério da Economia, em Brasília, onde passou a segunda-feira.

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Apesar do tom conciliatório, o governador deixou claro que o estado não está disposto a desrespeitar os limites de gasto com pessoal estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Dados consolidados do fim de 2018 mostram que 44,46% da receita líquida do estado está comprometida com o funcionalismo. A relação supera o limite de alerta estabelecido pelo Tribunal de Contas, de 44,10%.

“Eu acredito que a grande maioria dos servidores tem consciência das limitações que o estado tem para ajuste salarial, até porque nós estamos quase no limite prudencial. Isso é o maior ativo que nós temos, se nós passarmos do limite, tudo isso que estamos conversando sobre obras e investimentos, isso se perde, vai por água a abaixo”, disse Ratinho Junior.

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O respeito ao limite de gastos com pessoal é um ponto fundamental para que as contas do estado sejam vistas como sólidas e o governo consiga empréstimos e financiamentos a taxas razoáveis. Como os investimentos do estado são movidos em boa parte por esse tipo de operação de crédito, perder esses recursos complicaria os planos de investimento do governo.

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Mesmo com o discurso indicando não haver espaço para o pagamento de reajuste aos servidores, Ratinho afirmou que governo está aberto a negociações.

“Nós vamos montar um grupo de trabalho. Acho que os servidores têm muito a colaborar com o estado e nós vamos tentar ao máximo colaborar para que eles possam ter sempre a garantia de que vão estar recebendo a remuneração e podendo até melhorar isso conforme a saúde financeira do estado”, afirmou.

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