Roberto Requião (MDB)(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)| Foto:

Nos últimos dias de seu mandato como senador da República, Roberto Requião está sendo convidado por outros partidos a deixar o MDB, partido ao qual está filiado desde o início de sua carreira política, que começou formalmente em 1982, quando foi eleito deputado estadual. Os convites têm partido de legendas que articulam uma frente de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL): PDT, PSB e PCdoB.

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O deputado estadual Requião Filho (MDB), filho do senador, confirma que os convites estão sendo feitos e que independentemente da legenda seu pai cogita a ideia de, mesmo sem mandato, integrar uma frente de oposição.

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Requião Filho destaca, entretanto, que as conversas ainda são muito incipientes e que não há nenhuma decisão sobre sair ou não do MDB.

A relação de Roberto Requião com o MDB começou a se desgastar de forma mais intensa após o início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi capitaneado por Eduardo Cunha, também do MDB. Desde então, o senador paranaense tem sido voz dissonante no partido. Nas eleições presidenciais, por exemplo, em vez de apoiar o emedebista Henrique Meirelles, Requião declarou voto no pedetista Ciro Gomes.

Ao deixar a presidência do MDB do Paraná, no fim do ano passado, Requião se afastou ainda mais da legenda. Quem comanda o partido agora é João Arruda, que apesar de ser sobrinho de Requião, não segue à risca a cartilha do Senador. Arruda tem muito mais diálogo com as lideranças nacionais do partido e apoiou a candidatura de Meirelles à presidência.

Aliados de Requião reconhecem que ele está cansado da legenda e não descartam a possibilidade de ele se desvincular do partido em que milita há quase 40 anos.

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