Marcello Richa (PSDB), filho do governador Beto Richa (PSDB), tem seguido o caminho usual que os herdeiros de carreira política costumam fazer no estado. Militou na juventude do partido, passou pela fundação partidária até chegar a secretário municipal em gestões de aliados do pai. Foi assim na gestão de Luciano Ducci – que assumiu a prefeitura de Curitiba quando Richa, o pai, foi para o governo; e está sendo assim também na gestão de Greca, aliado de primeira hora do governador.
No currículo de Marcello ainda falta, entretanto, uma disputa eleitoral. A depender do apoio que a pasta que ele comanda vem recebendo da prefeitura de Curitiba, a estreia pode acontecer já neste ano. Sob o comando do herdeiro da família Richa, a Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) de Curitiba recebeu mais recursos e passou a contar com um número maior de comissionados.
Na comparação de 2017 com 2016, os gastos da prefeitura na função orçamentária Desporto e Lazer cresceram 28% – mesmo em um ano de redução de receitas no caixa municipal. A construção de dois centros esportivos, um no Cajuru e outro na CIC, respondem por 78% desse crescimento. A obra está sendo financiada, na maior parte, por recursos do governo federal, mas também há dinheiro do município.
Outro dado curioso do crescimento é que mesmo diante de uma redução global de 6% dos gastos da prefeitura com servidores ativos, a SMELJ aumentou seu gasto com pessoal em 12%. Em 2016, foram R$ 3,8 milhões, já em 2017, R$ 4,3 milhões.
O que explica, pelo menos em parte, esse encarecimento da folha da secretaria é o aumento do número de comissionados. Enquanto, em 2016, a secretaria tinha cerca de 13 cargos, em fevereiro de 2018 havia 23 nomeados em cargos de comissão da pasta.
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