O plenário do Senado Federal aprovou na quarta-feira (12) um projeto de lei do senador Alvaro Dias (Pode-PR) que remove o sigilo bancário de empréstimos realizados com recursos públicos do Brasil para países estrangeiros. A proposta foi apresentada pelo senador em 2014 e teve como motivação um empréstimo feito pelo BNDES a Cuba para a construção de um porto na cidade de Mariel.
No debate do texto em plenário, Alvaro disse que os empréstimos via BNDES para outros países foram financiados com a emissão de títulos de dívida a juros altos, e também com a retirada de recursos de fundos públicos. Segundo ele, o país perderá mais de R$ 342 bilhões até 2060 para arcar com os atos.
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“Colocamos a mão no bolso dos trabalhadores brasileiro. Transferimos recursos do FAT e do FGTS ao BNDES para empréstimos favorecidos aos chamados “campeões nacionais”, e a nações que não pagam”, disse.
O caso do porto de Mariel virou uma das bandeiras dos movimentos contra o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT). Alvaro, que em 2014 era um dos principais nomes de oposição ao governo petista, institucionalizou a questão ao apresentar o projeto de lei.
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Essa não foi a única vez em que o senador incorporou ideias dos movimentos de rua de oposição ao petismo que ganharam força em 2013 e ficaram ativos até o impeachment da presidente Dilma, em 2016.
No senado, Alvaro também apresentou, em 2013, uma Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o foro privilegiado. O projeto foi aprovado no fim de 2018 e desde então aguarda análise na Câmara dos deputados.
Ainda na esteira dos movimentos de rua, o senador tem sido um dos mais ativos defensores da operação Lava Jato e apresentou também uma proposta para permitir a prisão de réus condenados em segunda instância.
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