Estopins da confusão que tomou conta da reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados na quarta-feira (4), as expressões “tchutchuca” e “tigrão” têm uma trajetória pluripartidária na política paranaense. Antes de terem sido ditas pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT) ao ministro da Economia Paulo Guedes, “tchutchuca” e “tigrão” já foram usadas durante discussões políticas por Roberto Requião (MDB) e Fernando Francischini (PSL).
No registro do jornalista André Gonçalves, desta Gazeta, o uso das expressões foi inserido na tradição política do estado por Roberto Requião. “Elas teriam sido usadas pela primeira vez em 2002, em referência ao comportamento “tigrão” dos então irmãos senadores Alvaro e Osmar Dias contra a corrupção no Paraná e “tchutchuca” em relação ao governo FHC em Brasília”.
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No caso mais recente, em 2012, Fernando Francischini e Dr. Rosinha (PT) quase foram às vias de fato durante uma sessão da CPMI do Caso Cachoeira. Ainda segundo os registros de André Gonçalves, o início da confusão aconteceu quando Francischini acusou o relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), de ser “tchutchuca” quando tratava do governador Agnelo Queiroz (PT-DF) e “tigrão” ao mencionar Marconi Perillo (PSDB-GO). Curiosamente, quem presidia a sessão da CCJ na quarta-feira era Felipe Francischini, filho de Fernando.
Nesta quinta-feira (4), Requião, o fundador da tradição, escreveu sobre o tema em suas redes sociais.
“Sim, tchutchuca e tigrão são metáforas com linguagem popular de fácil entendimento. Guedes entendeu de outro modo. Que espécie trágica de tchutchucagem ele pratica? Por que se assustou tanto com uma provável revelação pública?”, provocou.
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