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Torcidas organizadas precisam assumir os danos que causam ao transporte coletivo

Em 2018, segundo dados da Urbs, dez ônibus já sofreram algum tipo de avaria causada pelas torcidas dos clubes da capital. (Foto: )

É raro um Atletiba em que não haja algum tipo de confusão em ônibus e terminais de Curitiba. Além do risco que essas brigas trazem à integridade dos passageiros, é comum que o patrimônio do transporte coletivo seja danificado pelas torcidas. O primeiro jogo da final do paranaense deste ano não foi diferente. Desta vez, o palco da batalha foi o Terminal Santa Cândida, na região Norte da cidade.

Em 2018, segundo dados da Urbs, dez ônibus já sofreram algum tipo de avaria causada pelas torcidas dos clubes da capital.

Considerando que o sistema de transporte de Curitiba é integralmente financiado pelos usuários, não há um único remendo, pintura ou troca de vidro dos ônibus que não saia do bolso dos passageiros. Lembrem-se: “danificar ônibus, terminais, estações tubo ou não pagar a passagem, encarece a tarifa”.

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Como esses danos têm sido sistemáticos, é importante que seus prejuízos deixem de ser socializados indistintamente e sejam cobrados de quem tem responsabilidade sobre esses atos: as torcidas organizadas, que insistem em negar que as confusões sejam causadas por seus integrantes.

Ainda que institucionalmente busquem manter uma imagem pública de responsabilidade e compromisso com as autoridades de segurança, as imagens das confusões em terminais evidenciam a participação de pessoas vestidas com os uniformes das organizadas e entoando os cantos da torcida.

Além disso, um passeio rápido pelas redes sociais de integrantes das organizadas deixa claro que esses encontros violentos não são casuais. As torcidas, em grupo, se encontram em pontos e itinerários pré-estabelecidos.

Nas páginas e perfis de Facebook também não é difícil encontrar torcedores comemorando supostas vitórias nas brigas e contabilizando os espólios da batalha.

Os gestores de um sistema de ônibus cada vez mais caro e menos atrativo para os passageiros não podem ser condescendentes com ações que encareçam a tarifa e agravem ainda mais a perda de usuários, principal fator do desequilíbrio econômico-financeiro do transporte coletivo.

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