Enquanto boa parte do PDT no Paraná tenta se orientar após a decisão de Osmar Dias de abandonar sua candidatura ao governo, há alas do partido – e até de outras legendas – vendo a desistência do pedetista como uma oportunidade. Ao longo dessa sexta-feira (3), três alternativas foram aventadas para o projeto pedetista nas eleições de 2018. Algumas factíveis, outras que parecem só ser explicadas pela ânsia em achar novos caminhos.
Aliança com o MDB
A famigerada aliança entre MDB e PDT, que passou boa parte do período pré-eleitoral sendo costurada – mas foi descartada por Osmar Dias na terça-feira (31) – pode, enfim, acontecer. A ideia, muito diferente do que havia sido imaginada incialmente, é que o PDT apoie João Arruda, candidato emedebista ao governo do estado. Em troca, Ciro Gomes, candidato do PDT ao governo, teria palanque no Paraná. Como explicou a repórter Catarina Scortecci em seu blog nesta Gazeta do Povo, “embora o MDB tenha candidato ao Palácio do Planalto, via Henrique Meirelles, a principal figura da legenda no Paraná, o senador Roberto Requião, é um notório crítico do grupo de Michel Temer/Henrique Meirelles”.
Goura candidato ao governo
Na esteira da desistência de Osmar, o vereador Goura, de Curitiba, lançou seu nome para disputar o governo do estado. Atualmente, ele é pré-candidato a deputado estadual. Com esse movimento Goura espera garantir mais espaço para Ciro Gomes e também puxar mais votos para a chapa de deputados do partido, que sem um candidato próprio terão mais dificuldades de fazer campanha. Como Osmar estava comprometido com a campanha de seu irmão Álvaro Dias (Podemos) à presidência, ele não podia dar espaço a Ciro, por isso ala pedetista mais alinhada com o candidato ao planalto vê na desistência uma oportunidade.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Planejamento de longo prazo
Osmar na vice de Ciro
Conforme adiantei no começo desse texto, algumas das alternativas parecem ser explicadas apenas pelo calor do momento. Apesar disso, há gente no PDT local defendendo a tese de que Osmar seja vice na chapa de Ciro Gomes. A tese faz pouco sentido se pensarmos que Osmar já hesitava em apoiar minimamente a candidatura do correligionário para não entrar em conflito com o irmão. A ideia vem de pedetistas inconformados com o que estão de “punhalada nas costas” de Álvaro em Osmar.
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