Apesar de ter comissão provisória constituída no Paraná desde 2009, o Partido Social Liberal, que tem Jair Bolsonaro como candidato à presidência, tem cometido deslizes típicos de partidos iniciantes em disputas eleitorais. O que pode explicar esses tropeços é o fato de que após a entrada de Bolsonaro no partido, em março deste ano, o comando da legenda foi todo trocado no Paraná. Ou seja, ainda que a sigla no estádo tenha quase dez anos, está sob o comando de um grupo novo.
O atual grupo, comandado pelo deputado federal Fernando Francischini, tem batido cabeça nessas eleições. Por enquanto, destacam-se três deslizes.
O candidato indesejado
O tropeço mais óbvio é o fato de o partido ter um candidato ao governo contra a vontade da cúpula da legenda. O nome de Ogier Buchi foi aprovado na convenção partidária para disputar o Palácio Iguaçu. Entretanto, dias após a reunião, a legenda, sob interferência de Bolsonaro, decidiu que declararia apoio à candidatura de Ratinho Junior. Faltou convencer Buchi, que insistiu no registro individual e atualmente figura como candidato na relação do Tribunal Regional Eleitoral. Para tentar reverter essa situação, o PSL pediu formalmente ao TRE que rejeite o registro de candidatura de Ogier.
Senador por um dia
O PSL também escorregou na candidatura ao Senado. Na primeira ata da convenção registrada no TRE, o candidato seria Fernando Francischini, deputado federal que teria chances de apresentar uma candidatura competitiva ao cargo. Já nas alterações de ata que foram protocoladas posteriormente, Francischini foi substituído por Roselaine Barroso Ferreira, uma ilustre desconhecida, filada ao Patriotas, partido coligado.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Planejamento de longo prazo
Quando parecia resolvido que Roselaine seria a candidata da coligação, o ex-deputado federal Wilson Picler anunciou, na segunda-feira (27), que disputaria o cargo. O problema é que no improviso da candidatura, Picler se esqueceu que deveria se desincompatibilizar do cargo que ocupa no grupo universitário Uninter. Com isso, na terça-feira (28), ele desistiu de sua candidatura um dia após o anúncio.
Invisível na TV
Assim como em nível nacional, o PSL do Paraná não conseguiu construir uma coligação partidária que desse à legenda espaço relevante no horário eleitoral gratuito. A chapa PSL/Patriotas/PTC terá apenas dez segundos de propaganda na TV e 18 inserções ao longo de toda a campanha.
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