Dos 4,7 mil quilômetros de rua de Curitiba, apenas 1,6 mil estão pavimentados com asfalto definitivo. Na maior parte das vias, 2,8 mil quilômetros, o que existe é pavimentação alternativa, o popular antipó. Isso equivale 58% das vias da cidade.
Esses números estão em documentos enviados pela prefeitura de Curitiba ao gabinete do vereador Goura (PDT) e ajudam a entender duas situações importantes: a alta demanda por asfalto nas audiências públicas que definem as prioridades para o orçamento municipal; e a grande quantidade de recursos que o prefeito Rafael Greca (PMN) vem dedicando a este tipo de intervenção.
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Nas audiências públicas de saúde, a pavimentação asfáltica sempre está entre os três temas mais demandados, ao lado de segurança e saúde. A situação varia conforme a região da audiência. Isso ocorre em boa medida porque varia também as condições das vias nas diferentes regionais da cidade.
Enquanto na Matriz, que engloba os bairros mais próximos ao centro da cidade, 79% das vias têm asfalto definitivo, no Tatuquara essa proporção cai para apenas 1%.
Atento a essa demanda, e especialmente ao dano eleitoral que a queda desse tipo de investimentos causou ao prefeito Gustavo Fruet, Greca tem feito da pavimentação a menina dos olhos de sua administração.
Com o governo do estado, o prefeito conseguiu R$ 60 milhões para investir em asfalto, divididos em dois convênios diferentes. Somados os dois contratos a prefeitura terá recursos para fazer obras em 120 ruas da cidade.
Além disso, a prefeitura tomou empréstimos de R$ 120 milhões junto à Caixa e ao Banco do Brasil para transformar 100 quilômetros de ruas de saibro em asfalto. Isso equivale a um terço de todas as vias de saibro da cidade, a maio parte delas localizadas na regional do Tatuquara.
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