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Jornadas de inovação

Jornadas de inovação

Cris Alessi, consultora de inovação e transformação digital, compartilha visões, ações e confusões para um mundo em movimento.

Cultura organizacional

Cultura e transformação digital: o ovo ou a galinha?

Equipe
A transformação digital não começa pela tecnologia, mas pela cultura: a cultura organizacional, a dos processos, a dos times. (Foto: Rawpixel / Freepik)

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Algumas empresas me perguntam como fazer a transformação digital do seu negócio. E como colocar inovação no seu produto, no seu processo, no seu negócio.

A resposta é simples e direta: pela cultura. A transformação digital não começa pela tecnologia, mas pela cultura. Pela cultura organizacional. Pela cultura nos processos. Pela cultura do time.

Peter Drucker já falava, nos anos 2000, que a “cultura engole a estratégia no café da manhã”. Nos dias acelerados em que vivemos, a cultura engole a estratégia antes mesmo de você acordar.

O processo de aculturar colaboradores, times, líderes, clientes e fornecedores - na verdade, todos os stakeholders que impactam o seu negócio - precisa ser diário. E a partir dele, a transformação digital acontece.

É a transformação da cultura - a cultura que nos ajuda a entender esse novo cenário que a tecnologia impõe ao mercado; a cultura para entender o comportamento do consumidor a partir de suas mudanças no consumo; a cultura para integrar de formas diferentes times, processos, sistemas - que faz com que a implementação da transformação digital se transforme em resultados práticos, estratégicos e de futuro para o seu negócio.

Mas você não transforma a cultura e depois faz a transformação digital. Você faz a transformação da cultura enquanto faz a transformação digital.

Esse é o desafio.

Cultura é sobre pessoas, pessoas acostumadas a trabalhar com uma estrutura organizacional rígida, estruturada em áreas isoladas que trocam informações, quase nunca trocam ideias.

Mas como pensar diferente sem entender o que os outros fazem? Sem dar autonomia e poder de decisão aos gestores?

Como dar oportunidade para inovar sem abrir margem a erros? E envolver todas as camadas de governança nessa missão de aceitar iniciar um projeto sem saber como ele irá terminar?

Quando envolvemos as pessoas nos processos de criação, decisão e execução, transformamos todos em corresponsáveis pelos sucessos e pelos fracassos. Muitos fracassos provocam mais inovação do que sucessos. E deve-se recompensar aqueles que cooperam.

Ao empregar a colaboração, empregamos menos esforço. É ou não é uma boa recompensa?

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