Passo a passo, e de sordidez em sordidez, o governo do presidente Lula vai construindo um dos piores momentos da história da diplomacia brasileira. É, mais que tudo, um processo de demolição moral. Começou com o Brasil tomando, na prática, o partido dos terroristas do Hamas no assassinato em massa contra civis israelenses um ano atrás – foram 1.400 mortos, incluindo bebês de colo e crianças, estupros e sequestro. De lá para cá, Lula jogou seu governo na militância antissemita explícita, com o disfarce de apoiar a “Palestina” e se condoer com a sorte dos moradores de Gaza. Chegou, agora, à ilegalidade direta, ao desrespeito aos contratos e ao banditismo nas suas relações comerciais.
Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo
O governo Lula já tinha jogado o Brasil na posição abusiva de apoio à invasão da Ucrânia pela força armada na Rússia. Diz que quer a “paz”, mas exige que a Ucrânia “negocie” com o invasor e aceite que os russos conservem o território ocupado; na verdade, Lula põe a culpa da guerra nos ucranianos, por se recusarem a capitular.
Lula, Amorim e a sua esquadra de bajuladores dizem que não são contra os judeus, mas a favor dos “palestinos”. É o argumento oficial do antissemitismo de esquerda no século XXI, e não engana ninguém
É aliado do Irã, regime definido como terrorista por todas as democracias sérias do mundo. Tornou-se cúmplice declarado da ditadura da Venezuela, aceitando o roubo das eleições por Nicolás Maduro – e tratando como “assuntos internos” as prisões políticas, a tortura e o assassinato de opositores pelas gangues do ditador.
A última agressão do Itamaraty de Lula e de Celso Amorim ao direito internacional, à decência comum e à honra do Brasil como negociador de boa-fé é a sua recusa em aceitar o resultado de uma licitação legítima para a compra de armamento destinado ao Exército Brasileiro, numa ação de antissemitismo. Empresas privadas de Israel, com representação no Brasil, ganharam uma concorrência internacional para o fornecimento de viaturas blindadas. O Estado nacional decidiu que os israelenses ofereceram o produto de maior qualidade e melhor preço. Mas o negócio foi vetado, sem nenhuma razão legal, por Amorim.
Tente achar alguma coisa certa, qualquer uma, nessa história toda – é pura perda de tempo, porque está tudo absolutamente errado. A licitação não contém uma única palavra exigindo que a empresa vencedora tenha sede num país que não esteja em guerra. Não é o governo de Israel, de todo modo, quem está fazendo a venda. Também não houve nenhum erro técnico no ambiente da licitação, nem o descumprimento de alguma cláusula pelo vencedor. O que houve foi, simplesmente, a proibição de um negócio legal por causa da nacionalidade de quem ofereceu as melhores condições de venda. Mais: quem decidiu romper o contrato foi um cidadão privado cuja única autoridade é ter sala no palácio presidencial e ser obedecido por Lula.
Resulta, no fim, que as Forças Armadas do Brasil decidiram comprar determinado equipamento de defesa – e a sua decisão foi anulada pela vontade de Amorim, que não tem cargo nenhum na hierarquia militar, nem entre os julgadores da licitação e nem mesmo no Itamaraty. A palavra do Brasil não está sendo honrada porque o vendedor é judeu – apenas por isso.
Israel tem relações diplomáticas com o Brasil. Até o dia 1º de janeiro de 2023 era uma nação amiga. Nunca fez nenhuma ofensa, direta ou indireta, ao Brasil ou aos brasileiros. Mas nada disso é levado em consideração, porque Lula decidiu por conta própria declarar uma guerra pessoal e não autorizada por ninguém contra Israel.
A discriminação anti-israelense é racismo antissemita – desrespeita a lei e foi tomada por causa da raça da empresa vencedora de uma concorrência internacional lícita. Lula, Amorim e a sua esquadra de bajuladores dizem que não são contra os judeus, mas a favor dos “palestinos”. É o argumento oficial do antissemitismo de esquerda no século XXI, e não engana ninguém. Amorim disse que lamentava o massacre de um ano atrás, mas que Israel tinha de pagar as “consequências” de suas decisões. Não preciso dizer mais nada.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS