Um vídeo com menos de dois minutos de duração, colocado para rodar na internet, demonstra com grande clareza, linguagem direta e economia de esforço mental como alguns países da Europa conseguem tratar de maneira simples e eficaz um problema que a maioria dos outros trata de maneira complicadíssima e ineficaz.
O país é a Polônia e o problema é a multidão de estrangeiros pobres, ou francamente miseráveis, que querem ir morar nos países europeus. Uns pretendem fugir das guerras, da opressão de seus governos e da ação terrorista dos bandos de criminosos muçulmanos que operam nas nações da África e no Oriente Médio. Outros estão de olho nos benefícios sociais e na riqueza que a maioria dos países ricos ou remediados da Europa oferece.
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Em todo caso, são milhões, juram fidelidade apenas ao Islã e não se interessam em integrar-se às sociedades que os recebem. Além disso, não querem aceitar leis com as quais não concordam e se consideram portadores do direito de imigrar para onde acharem mais conveniente.
Muito bem: até uma criança de dez anos é capaz de perceber que tudo isso é um tanque de TNT à espera de explodir. Mas a maioria dos governos, pensadores e organizações sociais da Europa adiciona a cada dia um pouco mais de complicação ao problema – basicamente, por falta de ideias e de coragem para enfrentá-lo, por achar que regras de imigração compõem “uma agenda de direita” e por outras patologias ideológicas.
A ideia-mãe, em toda essa pasta, é que os imigrantes pobres são “refugiados” e que suas culturas têm de ser aceitas do jeito que elas vierem, em nome do “multiculturalismo”, e do combate à “arbitrariedade das fronteiras”. Cada vez mais gente quer entrar, é claro, - e os governos simplesmente não sabem como lidar com isso.
Uma entrevista do deputado polonês Dominik Tarczynski (veja abaixo), estrela em ascensão do partido de direita Lei e Justiça, que governa a Polônia, por uma jornalista britânica de televisão. A primeira pergunta que aparece, feita num tom de interrogatório da Gestapo, é a seguinte: “Quantos refugiados a Polônia recebeu?” A resposta de Tarczynski, em excelente inglês: “Zero”.
A entrevistadora fica sem fôlego por um segundo e tenta crescer no tom de agressividade. “E o senhor se orgulha disso?” O deputado, com paciência, explica que a Polônia, por lei, não recebe imigrantes ilegais; se são muçulmanos sem visto de imigração, não entram. “Nem mesmo um único que seja”, diz ele.
A moça volta a carga: “Eu não estou perguntando sobre imigrantes ilegais. Estou perguntando sobre refugiados. O senhor foi descrito como racista. Tem orgulho de não receber refugiados na Polônia?” Resposta final de Tarczynski: “Claro que tenho. É o que o povo espera do nosso governo. Foi para isso que fomos eleitos. É por isso que a Polónia é tão segura. Podem de chamar de populista, nacionalista, racista. Eu não ligo. Só me importa a minha família e o meu país”. Fim da conversa.
O deputado, talvez por caridade com a jornalista, não disse que todos os países do mundo, sem nenhuma exceção, têm fronteiras – e o direito soberano de decidir quem pode atravessá-las ou morar dentro delas. Apenas deixou claro que só existem dois tipos de imigrante: o legal e o ilegal. Não existe uma terceira categoria, a do “imigrante refugiado”.
O governo da Polônia não pode desrespeitar as suas próprias leis para abrigar “pobres”, “muçulmanos”, “vítimas de guerras” e por aí afora. Se o estrangeiro tem visto de imigração, ele entra – Tarczynski lembrou que há 2 milhões de imigrantes da Ucrânia vivendo hoje legalmente na Polônia.
Se não tem o visto, não entra. Mais lógico que isso não dá para ser.
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