Está na hora de dizer algumas verdades sobre essa Greta – ou, mais precisamente, de colocar em letra de forma uma relação de fatos que demostram com clareza uma das mais monumentais empulhações jamais produzidas pelo movimento ambientalista sobre a face da Terra.
Movimento? Não exatamente. A palavra correta, na hipótese mais benigna, é “religião” – um conjunto de crenças, com diferentes graus de sinceridade, e não de convicções baseadas em fatos que possam ser comprovados através da observação material da realidade. Na hipótese mais maligna, a palavra certa é “vigarice” – um conjunto de ações destinadas a obter vantagens econômicas, políticas e de outros tipos para organizações ou indivíduos que se apresentam como defensores da preservação da natureza.
Entre uma coisa e outra, há 50 tons diferentes de seriedade e de embuste. O fato é o joio se misturou com o trigo – e se misturou de forma tão extrema que ficou praticamente impossível separar a honestidade do embuste.
Greta Thunberg, a garota sueca de 16 anos que no espaço de apenas doze meses foi transformada por gente boa e por picaretas, ao mesmo tempo, numa das figuras de maior impacto na cena mundial, é hoje uma imensa fraude. A culpa nem é diretamente de Greta, coitada – ela provavelmente nem sabe o que está fazendo, ou sabe muito pouco. Os autores da trapaça são os promotores de interesses, negócios e causas político-ideológicas que tiram proveito material direto ou indireto da pregação da menina-celebridade que fabricaram – e que há um ano arrastam de um lado para outro do mundo numa cruzada do tipo “tem de parar tudo para salvar o planeta”.
Há toda espécie de gente envolvida nisso, a começar pelos pais da garota – que já contam, por sinal, até com uma assessoria profissional de imprensa. É um conglomerado que hoje inclui parte da elite empresarial da Suécia, grandes empresas de energia, fundos de investimento, vendedores de soluções para problemas ambientais e os mais variados tipos de entidades com interesses diretos na questão ecológica mundial.
E quanto à própria Greta? Os fatos que mostram a trapaça montada em torno dela são bem conhecidos, e estão devidamente demonstrados pela mídia internacional – a mesma, aliás, que tem participação direta na sua transformação em estrela que fala na ONU, é recebida pelos grandes desse mundo, mete medo em multinacionais e conta com a bajulação de dez entre dez celebridades mundiais.
Eis aqui um resumo dessas realidades:
- Greta não completou o ensino médio. Não vai mais à escola e não recebe há um ano nenhum ensinamento ministrado por educadores de ofício.
- Não tem, comprovadamente, nenhuma informação séria sobre nada do que diz.
- Greta é autista, transtorno neurológico que, entre outros efeitos, geralmente leva as pessoas a terem um comportamento repetitivo, ficarem fixadas em um só assunto ou interesse e se mostrarem indiferentes ao diálogo com os outros.
- Não consegue responder com nexo perguntas feitas em entrevistas à imprensa.
- Nunca cumpriu uma jornada de trabalho.
Nada disso leva Greta às alturas de uma Dilma Rousseff, por exemplo, em matéria de tumulto mental – também não se sabe de nada que seja ilegal em sua conduta, e é certo que autistas podem levar, dentro de determinados limites e condições, uma vida útil e produtiva. Mas é óbvio, também, que promover uma garota com o seu grau de ignorância à posição de pensadora vital para a humanidade é um despropósito em estado puro; Greta, embora seja tratada como tal, não é uma Aristóteles.
Há, enfim, o sério problema de que Greta, por tudo que tem dito nestes seus tempos de glória, parece ter acumulado ódio demais para alguém que só tem 16 anos. Nessa toada, como estará quando tiver 26? Ela repete, em seu refrão mais festejado, que “vocês roubaram os meus sonhos”, ou coisa parecida. Vocês quem? O autor dessas linhas certamente não roubou nada de Greta, nem conhece alguém que tenha roubado. O leitor também não. Quem roubou, então? Só podem ser os 7 bilhões de habitantes do planeta – aí sim, toda essa gente, pelo simples fato de existir, atrapalha um colosso: os salvadores do planeta.
O grande problema de Greta Thunberg, de seus admiradores ou exploradores e de todos que pensam como ela, no fim das contas, é um só: as pessoas. Eles não gostam de gente; o que realmente os irrita é a presença de seres humanos no ambiente terrestre. Gostariam de um mundo sem pessoas; poderiam, aí, ter oceanos limpíssimos, uma Amazônia dez vezes maior do que é, girafas com saúde de ferro e tartarugas que jamais iriam engolir um canudinho de plástico. É uma pena para eles, mas isso não vai dar.