O Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Jerusalém e Tel Aviv, as duas maiores cidades de Israel, e conseguiu não acertar em nada – um marco, sem dúvida, nos registros mundiais da falta de pontaria ou da incompetência em operar um sistema de artilharia. Os mísseis foram abatidos no ar pelos israelenses ou caíram em lugares vazios, de maneira que as únicas baixas foram eles próprios, os mísseis. Isso feito, o Irã declarou “vitória” e parou os ataques, fazendo questão de assegurar que não ia bombardear mais ninguém, sobretudo as bases americanas na região.
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Como Israel resolveu não responder à agressão, por não ter sofrido perda nenhuma, ficou tudo por isso mesmo, ao menos por enquanto. Seria bom, pensando bem, que todas as guerras fossem assim – ninguém sai machucado, o vilão perde e fica todo mundo contente, inclusive o vilão. É pena que não possa ser desse jeito.
O Itamaraty que existe hoje classificou o ataque de “envio de mísseis”. Envio? Como assim? Via Fedex? Pela Amazon? Por motoboy? Nem o governo do Irã disse uma estupidez dessas.
O fracasso do ataque deixou duas avaliações, nenhuma delas favorável ao Irã. A primeira, mais imediata, é que foi a simples ruindade dos militares iranianos. Como em toda a ditadura, as forças armadas do Irã são ótimas para atirar no seu próprio povo, mas na hora de atirar no inimigo externo, que pode responder na mesma moeda, é uma tristeza. Neste caso, fica exposta a inépcia militar dos aiatolás e a sua incapacidade de destruir Israel, como prometem todos os dias que vão fazer.
A alternativa é que não foi realmente intenção do Irã fazer um ataque para valer. Ninguém consegue ser tão ruim assim, comentam os defensores dessa segunda possibilidade – errar todos os alvos não é fácil nem para a “Guarda Revolucionária” do Irã, especialista em matar mulheres e ficar na retaguarda de atos terroristas. O Irã teria querido, no caso, dar uma resposta a Israel pela eliminação de peixes graúdos dessa Guarda, abatidos num bombardeio na Síria – mas sem machucar ninguém, para não correr os riscos de levar um contravapor em regra dos israelenses. Neste caso, mostra a mesma coisa: que não tem, na vida real, condições e nem coragem de enfrentar Israel em combate militar de verdade.
Ou seja: a ditadura dos aiatolás gasta bilhões de dólares com as suas forças armadas, é considerada pela mídia em geral como uma potência de primeiro grau, até com bomba atômica, mas não é capaz de derrotar Israel no campo de batalha. Se faz um ataque só de exibição, por medo de represália, é porque quer ficar xingando o juiz da arquibancada – e parar por aí. Em qualquer hipótese, pode ter certeza do apoio incondicional do governo Lula, como ficou provado mais uma vez nesse episódio.
Na sua paixão tórrida pelo Irã, o Itamaraty que existe hoje classificou o ataque de “envio de mísseis”. Envio? Como assim? Via Fedex? Pela Amazon? Por motoboy? Nem o governo do Irã disse uma estupidez dessas; chamou ataque de ataque. É o que dá quando o sujeito, não satisfeito em ser apenas servil, quer ser completamente servil. Acaba sendo apenas idiota.
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