Com compra em massa de votos, pressões de todos os tipos e nenhuma atenção a nada que tenha a ver com os reais interesses da população deste país, a Câmara de Deputados aprovou por larga maioria de votos a reforma tributária. Como o governo Lula quis muito essa reforma, há pouco risco de que o Supremo Tribunal Federal venha a anular tudo, dizendo que a lei é ilegal – isso só acontece quando o PT e a esquerda perdem as votações em Plenário. Aí sim: o que foi aprovado, seja lá o que tenha sido, é declarado inconstitucional e não vale nada.
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Mas agora houve um acordo geral em torno de mais uma partilha gigante dos 3 trilhões de reais que o governo, nos níveis federal, estadual e municipal, vai arrecadar em impostos em 2023. Cada um – governos, lobistas, grupos em defesa de interesses particulares, advogados e quem mais decide esse tipo de coisa – tratou de levar o seu.
O problema do Brasil não é o imposto, nem como ele é cobrado. O problema é a quantidade de dinheiro que o governo gasta.
O cidadão brasileiro, que vai pagar até o último centavo disso tudo e só sonha em ser um pouco menos extorquido na cobrança de impostos, não disse nem uma sílaba a respeito de absolutamente nada do que foi decidido – e, também, não passou pela cabeça de ninguém ouvir a sua opinião ou fazer alguma coisa em seu favor. O povo poderia estar em outro planeta, de tão longe que é colocado de tudo por governo, deputados e outros gatos gordos.
Custou caro para o pagador de impostos, e antes mesmo da reforma entrar em vigor, a aprovação, feita em seu nome, das novas regras. Só nas últimas horas, o governo Lula tirou da população mais de 5 bilhões de reais em “emendas pix” para comprar votos de deputados em favor da reforma. Foi um recorde – e uma moldura perfeita para a trapaça geral permanente que é o gasto público no Brasil.
O fato central é que o gasto do governo não tem nenhum controle, e não há a mais remota vontade de se controlar nada por parte dos que têm o poder de gastar. Como poderia haver controle, se já começam a arrancar dinheiro do Tesouro Nacional para aprovar a própria legislação que garante o assalto ao Erário?
Ficou claro, mais uma vez, que a maioria do mundo político continua insistindo em ficar de olhos fechados para o que acontece na cara de todos. O problema do Brasil não é o imposto, nem como ele é cobrado. O problema é a quantidade de dinheiro que o governo gasta – ele acha que pode gastar sem nenhum limite, e aí não há imposto que chegue, com ou sem reforma. Também não há sistema de produção que aguente ser sangrado pelo fisco como é o caso da economia brasileira. Só mexem no imposto; nunca mexem no gasto. Não pode dar certo.
O resto é negacionismo de terceira categoria.
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