Uma das maiores piadas deste novo governo que ameaça o país, todos os dias, com uma crescente coleção de medidas que não vai tomar, é a sua intenção de “incluir os pobres no orçamento”. É o mais recente achado da caixa de promessas que o presidente Lula mantém sempre aberta, como os paxás que vão jogando moedas para o povão durante os seus passeios pela rua. Incluir os pobres - sério? Os pobres, se Lula perguntasse alguma coisa para eles, diriam não doutor, muito obrigado; a gente preferia ser excluído do orçamento brasileiro. Nós já estamos lá, desde sempre, mas como a turma que paga imposto - e, nisso aí, o governo não vai aliviar ninguém em nada, a começar pelos pobres. Lula prometeu durante a campanha eleitoral que ia fazer exatamente isso: isentar do Imposto de Renda os que ganham até 5.000 reais por mês. A promessa era falsa. O governo já avisou que não vai haver isenção nenhuma.
Se Lula está mesmo interessado em encontrar pobres para receber os seus donativos, por que não começa por aí, entre os que ganham até 5.000 reais por mês? É um jeito infalível para encontrar gente que tem pouco ou nada no bolso. Mas os pobres de Lula só existem no mundo de suas fantasias. Na vida real, eles são esses que estão pagando imposto de renda – e que não vão pagar nem um tostão a menos no “governo popular” que está aí. Lula, o PT e a esquerda plantada em torno deles vão continuar a fazer, muito simplesmente, o que sempre fizeram: concentração de renda em favor das castas superiores do Estado brasileiro e em favor, é claro, dos seus próprios bolsos. Fazem isso transferindo riqueza da população para a máquina pública, através da cobrança de imposto - 3 trilhões de reais arrecadados em 2022, para os cofres da União, dos Estados e dos municípios. Na verdade, acham que essa montanha de dinheiro é pouco; querem mais.
Lula prometeu durante a campanha eleitoral que ia fazer exatamente isso: isentar do Imposto de Renda os que ganham até 5.000 reais por mês. A promessa era falsa. O governo já avisou que não vai haver isenção nenhuma
Os brasileiros que são pobres de verdade, e não os do palavrório da esquerda, têm anos de deserto pela frente. Não há o mais remoto vestígio de alguma medida, uma única que seja, que possa resultar em algum benefício prático, real e compreensível para qualquer um deles. Até agora, de fato, tudo o que Lula e o seu Sistema estão fazendo e prometem fazer na área econômica, ou em qualquer área, tem possiblidade nula de melhorar alguma coisa na vida de alguém. O que poderiam ter feito no mundo das realidades, e segundo a sua promessa, era parar um pouco de tirar dinheiro do bolso do pobre, com o IR. Nada disso. Lula foi dizer na Argentina, mais uma vez, que quer criar uma moeda “latino-americana” e o seu ministro da Fazenda fala em boicotar produtos de empresas politicamente incorretas”; o resto é daí para baixo. Quantos reais a mais no bolso o cidadão vai ter com isso tudo, ou com as promessas de censurar as redes sociais, as implicâncias para com os militares ou o uso do “todes” e “todes” nas comunicações oficiais? Três vezes zero.
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