Nunca passou muito tempo, durante estes últimos dois anos, sem aparecer no noticiário alguma falcatrua entre o Tesouro Nacional gerido por Lula e pelo PT e alguma “organização social” que trabalha para Lula e para o PT. É transferência de renda direta, do bolso do pagador de impostos para o bolso dos operadores destes sistemas de sucção do Erário. Não é bem como passar a mão no caixa ao fim do horário comercial – mas parece tanto com isso, mas tanto, que acaba ficando difícil ver a diferença entre uma coisa e a outra.
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A última operação desse esquema informal de arrecadação foi o envio de R$ 2,3 milhões, via Ministério da Justiça, para um notório foco de militância política em funcionamento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É um “laboratório”, como dizem, destinado a fazer estudos das redes sociais, mas que, segundo os seus próprios gestores, tornou-se “referência” no policiamento de fake news, “desinformação” e “discurso do ódio” – ou seja, de tudo o que o governo Lula, o ministro Alexandre de Moraes e a esquerda nacional acusam de atentar contra “a democracia”.
O centro de “referência” da UFRJ, por alguma razão até hoje não esclarecida, só descobre pecados da direita
Jamais saiu desse laboratório a mais vaga pesquisa, experiência ou estudo sobre qualquer notícia falsa etc. etc. que tenha vindo da esquerda, em qualquer tipo de assunto. O centro de “referência” da UFRJ, por alguma razão até hoje não esclarecida, só descobre pecados da direita.
O Tribunal de Contas da União, na sua permanente ficção como vigilante das contas públicas, está investigando a legalidade de mais uma contribuição do governo aos investigadores de más condutas na internet. Oficialmente, o Ministério da Justiça encomendou uma pesquisa, ou algo assim, sobre o “impacto” de “anúncios políticos” nas eleições. Não faz nenhum nexo, em primeiro lugar, que o Ministério da Justiça precise comprar fora esse tipo de informação. Será que não dá para resolver com os R$ 21 bilhões que já tem no seu próprio orçamento? Fica pior quando aparecem indicações de que o “laboratório” da UFRJ usou esse dinheiro para financiar atividades com viés ideológico e político.
A defesa inicial dos pesquisadores desse comando tático de repressão na internet – mais um, na crescente tropa de “enfrentamento” às redes sociais no governo Lula – mais parece uma peça de acusação. Jogam a culpa de tudo no Partido Novo, que pediu a investigação do TCU. Seu argumento é que o Novo é de direita, e sendo de direita só pode mesmo estar tentando “inviabilizar” o trabalho de um órgão do “campo progressista”.
Quanto ao campo em que está o “laboratório” da UFRJ, não existe nenhuma dúvida. Além do Ministério da Justiça, conta entre seus financiadores com a escura “Open Society” do milionário George Soros – que há anos interfere, com a força de seus dólares, na política brasileira.
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