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Num país governado por um sistema oficial de mentiras, em tempo real e em modo avançado, é inevitável que a cada dia apareçam mais evidências do golpe do vigário maciço que está sendo aplicado por aqui desde o dia 1º de janeiro de 2023. A exibição mais recente desse mecanismo de trapaça permanente foi também uma das mais estúpidas.
Justamente no governo que declarou guerra nuclear contra o racismo, e foi ao extremo de inventar um ministério inteirinho só para cuidar disso, uma autoridade pública comete um ato de racismo boçal – e justamente no ministério que você está pagando com seus impostos para que não haja mais racistas no Brasil. Não se sabe, em nenhum dos governos que este país já aguentou até hoje, do caso de algum chapa-branca que teve de ser demitido pela prática de racismo. O governo Lula, em apenas nove meses, já conseguiu ter o seu.
Justamente no governo que declarou guerra nuclear contra o racismo, uma autoridade pública comete um ato de racismo boçal.
É uma história 100% ruim do primeiro ao último minuto. Uma assessora do Ministério da Igualdade Racial veio de Brasília a São Paulo, num voo da Força Aérea Brasileira, para assistir ao lado da sua ministra um jogo do Flamengo – a final da Copa do Brasil, no Morumbi. Já é uma coisa muito feia, mas a assessora resolveu dobrar o prejuízo.
Num momento de cretinice neurótica, lançou nas redes sociais meia dúzia de linhas escritas em português de analfabeto para dizer que a “torcida branca” do São Paulo é descendente de “europeu safado”; pior ainda que isso, escreveu ela, é “tudo paulista”. Imaginem se alguém tivesse dito que ela e outros negros que estão no governo, ou em qualquer lugar, são descendentes de “africano safado”. Não dá para imaginar.
A alta funcionária (estava ganhando salário de R$ 17 mil por mês) teve de ser posta na rua. No começo ainda tentaram vir com a extraordinária desculpa de que tinha sido um momento de “descontração”; mas eles mesmos acharam que não daria para segurar, e a moça acabou demitida. O pior, nesse episódio todo, é uma nova comprovação de que o “combate ao racismo”, no Brasil, acaba atraindo cada vez mais racistas para o governo e os seus subúrbios – ou alguém acha que dizer “europeu safado” não é racismo? Mais ainda, um caso que veio junto com o desastre do Morumbi mostrou, mais uma vez, que os chamados “movimentos negros” atraem, além de racistas, gente esperta que está atrás de dinheiro grosso.
Um grupo de “ativistas” entrou na Justiça com uma ação contra o Banco do Brasil (quer dizer, contra o pagador de impostos deste país) pedindo indenização pela atuação do banco, 200 anos atrás, em operações de financiamento no mercado de escravos. Não têm o menor interesse em “reparar danos históricos”, é claro, e sabem que não vão levar 1 trilhão de reais de “compensação”.
O que estão querendo mesmo é sair dessa história com um “TAC” – um “Termo de Ajustamento de Conduta”, que vai render “contribuições” em dinheiro, financiamento de “cursos educativos”, verbas variadas, seminários contra o racismo, quem sabe uns vídeos e o que mais vier. Lula, a ministra do antirracismo e a esquerda vão dizer, então, que o Banco do Brasil está finalmente pagando suas dívidas com o “povo negro”. É assim que funciona.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos