Desde que terroristas de Gaza invadiram o território de Israel para assassinar 1.400 civis inocentes, incluindo bebês de colo, o público em geral vem sendo informado de coisas realmente extraordinárias. Israel, como você tem lido desde então, deveria responder à agressão com um pedido de “cessar-fogo”. Mas, em vez de oferecer a paz aos palestinos, o primeiro-ministro israelense atacou os agressores de volta, inclusive para resgatar os reféns levados para Gaza pelos terroristas. Por conta de suas ações, passou a ser imediatamente acusado de “genocídio” – inclusive pelo presidente Lula, que não tem a mais remota possibilidade de influir em nada no conflito, mas começou a se imaginar como o líder do “Sul Global” na defesa da “causa Palestina”.
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No mesmo estado de espírito, tem-se martelado no noticiário que Israel quebrou definitivamente a cara com sua reação. Seu governo de “extrema-direita” está isolado no mundo. A ONU ficou contra – ou a arquibancada que fica gritando ali, sem nunca mudar o resultado. O Tribunal de Haia ficou contra. Os estudantes de Harvard e de coisas parecidas ficaram contra; anunciaram, aliás, que “from the river to the sea, Palestine will be free”, embora a maioria não tivesse a menor ideia de que rio e de que mar estavam falando. Os artistas da Globo ficaram contra. Nem os Estados Unidos, no fundo, estariam com Israel.
Quem será destruído numa guerra aberta é ele, Irã – e não Israel. É o regime dos aiatolás que está, como os terroristas escondidos nos túneis de Gaza, precisando de um “cessar-fogo”
Mais ainda que tudo isso, Israel teria enfim encontrado pela frente um cachorro grande – e os judeus, agora, iriam ver o que é enfrentar uma potência militar de primeira classe. O Irã, que inclusive pode ter armas nucleares, era, na verdade, o grande adversário. Depois de apoiar durante anos os terroristas de Gaza e do Líbano, a ditadura dos aiatolás iria provavelmente entrar direto na briga, e aí Israel estaria mortinho. O Irã, para liquidar a fatura, teria o apoio armado da Rússia, da China, da Coreia do Norte, de Lula e de Celso Amorim. Além disso, os especialistas informam que os iranianos têm o maior estoque de mísseis do mundo. Perdeu, Israel.
Durante todo esse tempo, porém, a vida real vem contando uma história diferente. Há um ano, Israel tem destruído, peça por peça, a máquina terrorista em Gaza – o inimigo, desde o início da guerra de contra-ataque, não fez outra coisa a não ser fugir, se esconder e matar reféns. Como poderia ganhar uma guerra agindo desse jeito? Não há, em primeiro lugar, nenhum registro na história de alguém que tenha vencido uma guerra fazendo terrorismo. Guerra se ganha com a destruição do exército inimigo e a ocupação do seu território – e não matando bebês que não podem atirar em ninguém. Também não se ganham guerras com retiradas, nem com denúncias de “genocídio” e nem com comícios de estudantes em Nova York.
A quase totalidade das análises sobre o conflito não achou importante levar em conta que Israel, há um ano inteiro, só teve vitórias militares e de inteligência contra seus inimigos – e que os inimigos só tiveram derrotas até agora. Israel conseguiu matar quase todas as lideranças terroristas em Gaza, no Líbano, na Síria e até dentro do próprio Irã, onde todos os especialistas garantiam que eles eram invulneráveis. Fez o inimigo comprar milhares de pagers que explodiam ao serem acionados. Destruiu depósitos inteiros de mísseis em território libanês. Enquanto isso, o que se falava na mídia e nas mesas redondas era que Israel estava “cercado”.
O maior disparate, em tudo o que se tem dito sobre a guerra, é a fantasia do Irã como grande “potência militar” da região – o fator decisivo que iria empurrar Israel do rio até o mar. Num primeiro ataque de mísseis contra Israel, conseguiu não acertar nenhum alvo. No último ataque, lançou 180 foguetes e matou quatro pessoas. O Irã, aí, tem um problema que parece insolúvel: o sistema de defesa aérea de Israel derruba praticamente todos os mísseis quando eles ainda estão no ar. O presidente do Irã há pouco morreu num desastre de helicóptero causado por má conservação ou por incompetência do piloto; como, então, as forças armadas iranianas vão destruir Israel, se não conseguem nem transportar de um lugar a outro o seu próprio presidente?
O Irã, como os demais muçulmanos que perderam, uma a uma, todas as guerras contra Israel e os Estados Unidos desde 1948, sem uma exceção, é o exato contrário do que dizem as análises de “política internacional”. Quem será destruído numa guerra aberta é ele, Irã – e não Israel. É o regime dos aiatolás que está, como os terroristas escondidos nos túneis de Gaza, precisando de um “cessar-fogo”. Não se trata mais de jogar os 10 milhões de israelenses “no mar” e criar a “Palestina”. Trata-se, agora, de um cessar-fogo para salvar o Irã.
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