O governo Lula está de comunicação nova e, naturalmente, com problemas velhos – os mesmos de sempre. A troca de ministro ou secretário não vai resolver nada, é claro, porque nenhum desses problemas se resolve com “comunicação”. É como o sujeito que perde o anel no jardim e procura no quintal: não vai achar nunca. Mas o presidente tem uma paixão declarada por qualquer solução falsa que lhe passe pela frente, porque esse tipo de não-solução não requer trabalho e nem mudança nas decisões erradas – as duas coisas ele mais detesta na vida. O resultado é que ele mexe aqui, mexe ali, troca ministro e fica tudo igual.
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Está acontecendo outra vez. Vieram agora com um novo secretário de Comunicação, ou coisa que o valha. Mas os problemas do governo e do Brasil não têm nada a ver com “comunicação”, como Lula sempre acha. Têm a ver, exclusivamente, com decisões ruinosas dele próprio e dos que estão mandando junto. A maior delas é o saque suicida ao Tesouro Nacional, sem obra pública nenhuma, sem investimento e sem outro propósito que não seja concentrar renda no bolso dos sultões da máquina estatal.
Lula e o seu sistema acham que o dólar aumenta, e pressiona para cima a inflação, por causa da “Faria Lima”, dos memes da internet ou de sacanagens de Elon Musk etc. etc. etc. – nunca, jamais, nenhum problema é causado pelas decisões que eles próprios tomam
O governo Lula, em apenas dois anos de casa, aumentou a dívida pública em 2 trilhões de reais – de 7 tri, foram para 9 tri. É inevitável. O governo, em todos os seus níveis, arrecadou 3,6 trilhões de reais em 2024, mas conseguiu gastar mais que isso sem dar uma caixinha de chicletes para a população – ficou tudo no bucho deles mesmos, e sobretudo dos que ganham de 30 mil a 1 milhão de reais por mês com os seus “penduricalhos” e outros atos de escroqueria legal. Com isso, faz dívida cada vez maior, mais cara de pagar, e os juros vão para o espaço. A inflação ronca, o dólar só pode aumentar, e o aumento do dólar faz a inflação roncar mais – para se ficar no resumo do resumo da ópera.
Lula e o seu sistema acham que o dólar aumenta, e pressiona para cima a inflação, por causa da “Faria Lima”, dos memes da internet ou de sacanagens de Elon Musk etc. etc. etc. – nunca, jamais, nenhum problema é causado pelas decisões que eles próprios tomam. Sua reação automática diante das dificuldades é correr direto para o cofre e torrar dinheiro com propaganda, para consertar os estragos provocados pela “direita”, os ricos e o “imperialismo”. É óbvio, assim, que nada vai se resolver, ou ficar menos ruim.
O único aspecto possivelmente bom dessa nova trocação de mosca em torno do mesmo objeto é a versão, muito circulada na mídia, de que Janja vai, a partir de agora, se meter menos nas questões de “imagem” do governo de seu marido. Como o problema de Lula não é a imagem, mas a sua arrasadora falta de resultados, o tumor continua do mesmo tamanho - com ou sem troca de ministro. Mas para o governo não pode fazer mal, com certeza, diminuir o prejuízo causado diretamente pela incompetência sem limites da primeira-dama na área da “comunicação” – ou qualquer outra, para falar a verdade.
Janja é o pior tipo de inepto que o azar costuma trazer: o ignorante convencido de que sabe alguma coisa, e imagina que está brilhando quando tudo o que consegue é desandar geral a maionese. Mais ainda, é a incompetente que tem sala no palácio do governo e uma equipe ilegal de doze funcionários, pagos com dinheiro público. Não há sinais de melhora nisso. Ela e o seu cordão gigante de puxa-sacos acham que todas a críticas que recebe se devem exclusivamente ao fato de que Janja “é mulher”. Hoje em dia esse tipo de estupidez serve de desculpa para tudo.
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