Você terá de esperar mais um pouco, ao que parece, pela Terceira Guerra Mundial que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iria provocar nesse seu último conflito com o Irã. Fazer o que? Sem um pouco de paciência não se vai a lugar nenhum nessa vida.
Já se passaram seis dias inteiros desde que um drone das Forças Armadas americanas matou o terrorista-chefe do governo do Irã num ataque ao comboio em que ele viajava no Iraque – e, até agora, nada.
As represálias a serem tomadas pelo Irã, segundo anunciado minuto a minuto no noticiário mundial, seriam uma coisa jamais vista até hoje. Não só os Estados Unidos seriam punidos, com bomba atômica, tempestades de mísseis e outras desgraças, mas todo o resto do mundo corria o risco de ir para o espaço por conta da vingança iraniana.
Ninguém, até o momento, conseguiu explicar direito como uma coisa dessas poderia acontecer na prática. Será que o Irã é mesmo esse colosso todo? Não é fácil, tanto quanto se saiba, destruir os Estados Unidos numa guerra – imagina-se que ao receber a primeira bomba nuclear, os americanos soltariam imediatamente umas duzentas bombas de volta em quem atirou neles, e em cinco minutos não haveria nenhum inimigo vivo para continuar a guerra. Mas vai saber, não é mesmo?
Terceira Guerra Mundial? Ainda não...
Entre o céu e o “campo anti-imperialista”, sobretudo no caso do Irá, há mais coisas do que sonha a nossa vã filosofia. O fato é que Trump tinha colocado em perigo claro e imediato a segurança mundial, segundo nove entre dez especialistas em geopolítica que apareceram diante do publico contando o que iria acontecer com todos nós.
Mas a realidade, pelo cheiro da brilhantina, insiste mais uma vez em ir na direção oposta à que a mídia decide que ela deve tomar. É certo que o Irã jogou uns misseis em cima de bases militares americanas. Mas isso eles vêm fazendo há dez ou vinte anos, principalmente em cima dos seus próprios vizinhos muçulmanos e das populações civis que têm o azar de estar ao alcance de suas armas - e que oferecem à tirania dos aiatolás a incomparável vantagem de não poder reagir.
Fizeram, também, muito discurso incendiário anunciando vingança. Receberam o apoio de editoriais da imprensa progressista-liberal-civilizada, de mesas redondas na televisão e do PSOL. Mas gente de carne e osso, até agora, só morreu no próprio Irã - os 56 infelizes que foram pisoteados no funeral do chefe terrorista. Em matéria de bomba atômica em Nova York, que no fundo é o que realmente interessa, não aconteceu nada.
A “solidariedade mundial” ao Irã, apontado como “vítima de agressão em agressão em tempo de paz”, simplesmente não aconteceu, mesmo porque o Irã não está em paz nem consigo mesmo – ao contrário, vive em estado de guerra contra todos os que considera seus inimigos.
Todos os países da Europa, através da entidade militar que têm em comum, apoiaram a ação dos Estados Unidos. A China, que é a China, mais uma vez entrou quieta e saiu calada da história toda. No Brasil, houve as tolices de sempre – o “perigo” que uma posição favorável aos americanos traria para as “exportações brasileiras” para o Irã. De quanto dinheiro está se falando? De US$ 9 bilhões por ano. Qual foi o total das exportações do Brasil em 2019? Foi de US$ 240 bilhões de dólares, ou perto disso; as contas do ano ainda não estão definitivamente fechadas.
Vamos esperar pela próxima.