Ouça este conteúdo
Uma organização é formada por pessoas e onde existem pessoas existem as emoções. No mundo do trabalho não é diferente. O local de trabalho não é um local hermeticamente fechado, totalmente objetivo, frio ou racionalmente lógico. Existe muito espaço para as emoções aflorarem. As emoções estão entre os aspectos mais importantes, isso se não for o mais importante, tanto na motivação quanto na inibição das pessoas, o que gera impactos diretos na performance dos colaboradores. Assim fica explícita, em partes, a necessidade de inteligência emocional para os líderes.
Inteligência emocional é ainda mais necessária se o ambiente de atuação da organização for globalizado, ou mesmo no caso de um país continental como o Brasil, se o líder tiver que gerir pessoas de culturas diferentes, com a diversidade geracional, de gêneros e raças. Quanto mais contemporâneo, global e diverso, mais a organização precisará de líderes com alta inteligência emocional a frente de seus negócios
Inteligência emocional é, basicamente, a habilidade de reconhecer, entender e gerenciar seus próprios sentimentos e emoções assim como empaticamente as das outras pessoas e usar bem essas informações para si mesmo e nas relações interpessoais
Daniel Golleman, o principal guru da inteligência emocional, apresenta 05 principais elementos da inteligência emocional: a autoconsciência (reconhecer as próprias emoções e suas influências em si mesmo); a autogestão (gerenciar as emoções de forma saudável e construtiva); a motivação (dirigir as emoções para atingir objetivos e metas); a empatia (capacidade de compreender as emoções dos outros); e asa habilidades sociais (interagir efetivamente com outros de forma saudável e produtiva).
Um líder possui uma grande influência na inspiração dos pensamentos e na motivação das pessoas. Tem a capacidade de inserir otimismo e confiança nos seguidores e conduzi-los para esforços construtivos. Como um líder também deve estar consciente de suas próprias capacidades e fraquezas. É difícil aceitar orientações ou feedbacks de um líder que não é consciente de si mesmo. O feedback deve ser realizado de formas aceitável, sendo que cabe ao líder ter empatia com as situações, emoções, aspirações e motivações dos subordinados. Líderes devem ser sensíveis com as inseguranças e apreensões dos subordinados.
Líderes devem saber quando ser diretivo e quando delegar. Precisa estar consciente quando os membros do time estão agindo de forma integrativa e quando existem diferenças. Líderes necessitam entender a importância e a relevância de todas essas questões e como elas impactam nos resultados organizacionais. É neste sentido que podemos afirmar que, por mais paradoxal que pareça , é exatamente na era da Inteligência Artificial que precisaremos, cada vez mais, de líderes com os mais altos índices de quociente emocional.