Chegou a tão esperada correção do preço do bitcoin.
A moeda vale pouco mais de 10 mil dólares nesta quarta-feira. Caiu quase 50% desde o recorde de 19 mil dólares em dezembro.
Os principais investidores e especialistas brasileiros previram essa correção desde quando o bitcoin custava 7 mil, 8 mil dólares. Era claro que, mais cedo ou mais tarde, a euforia se transformaria em pânico.
Desta vez, o motivo para a mudança de humor é o boato de que o governo chinês discute proibir todo o comércio de criptomoedas e bloquear os sites das casas de câmbio instaladas em Hong Kong.
Nada disso está confirmado e ninguém sabe o real efeito das medidas caso elas se confirmem. Mas depois de uma valorização tão alta do bitcoin, qualquer boato é suficiente para os investidores decidirem realizar lucros ou evitar perdas maiores.
O bitcoin é um ouro digital: sua oferta é naturalmente limitada como pedras ou metais preciosos. No entanto, como já afirmei aqui, nada impede que, do lado da demanda, existam aventureiros inexperientes com todo o comportamento que cria bolhas de especulação. Temem perder o bonde, investem pensando que o lucro é garantido e entram em pânico ao perceberem que suas economias estão derretendo.
Para os investidores experientes, a questão agora é qual será o “ponto de suporte” do bitcoin, o preço mínimo depois do qual a compra se torna mais interessante que a venda e o preço volta a subir.
O suporte tem tanta relevância quanto os recordes de preço. Informa o quanto as pessoas realmente acreditam na moeda mesmo em momentos de pessimismo. Dá consistência ao bitcoin como reserva de valor.
Justamente por causa da consistência, há boas notícias escondidas neste derretimento do mercado de criptomoedas. A euforia especulativa prejudica o bitcoin e suas concorrentes. Incomoda autoridades e reguladores, provoca sua sanha legiferante para cercar e controlar o novo mercado. Um crescimento moderado e mais estável é tudo o que o bitcoin precisa para se firmar como um ativo financeiro.
A bolha do bitcoin já estourou diversas vezes nos oito anos de história da moeda. Estourou em 2011, quando caiu de 31 para 2 dólares. Estourou em 2013, quando chegou a 600 dólares depois do pico de 1240 dólares, e logo depois estourou de novo, numa queda de 900 para 400 dólares.
“Eu avisei que era bolha!”, disseram especialistas nessas ocasiões. Poucos deles previram que, depois de todas essas crises, a moeda ressurgiria e surpreenderia até os mais otimistas.
Será que esse padrão vai se repetir? Depende das notícias dos próximos meses – principalmente da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, que está decidindo se autoriza fundos de índice baseados em contratos futuros de bitcoin. Se a autorização sair, é razoável imaginar uma nova bolha se criar ao redor do bitcoin.
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