O álbum de jazz com Tony Benett, a música-debate sobre violência sexual no Oscar 2016 e os 3 anos que separam ‘Joanne’, o novo disco de Lady Gaga, de seu antecessor ‘ARTPOP’ fizeram bem à cantora pop. Revelada na virada de 2008 com “Just Dance”, Gaga está muito diferente do seu pop chiclete de ‘The Fame’. Felizmente, o resultado é bem positivo.
Em ‘Joanne’, Gaga já surpreendeu os seus fãs nas primeiras notícias, ao dizer que seria um álbum de música country. Parece assustador de imaginar a cantora diva, que já entrou em um VMA com um vestido todo de carne, ressurgir com um chapéu de cowgirl. E foi bem isso o que ela fez na capa do disco de estúdio, que chega oficialmente às lojas nesta sexta (21).
Bastou a imagem cair na rede para os memes começarem. Viria aí uma Maiara e Maraísa norte-americana? Talvez o excesso de piadas no Twitter e no Facebook possam ter assustado os seguidores mais fiéis, que podem ter ido ouvir ‘Joanne’ com um pé atrás.
Foi o que fiz. No entanto, a surpresa foi bem positiva: mesmo pisando no country, Gaga faz um álbum pop correto. Deixa claro logo nas primeiras faixas que desistiu do pop dançante por completo – como em suas fases anteriores – ao investir em faixas como “Diamond Heart”, “A-YO” e faixa-título “Joanne”.
Os ânimos começam a ganhar outro tom com a quarta canção, ‘John Wayne’. Perfeita para a pista de dançante, gruda fácil na cabeça. Se o pop da artista estava fazendo falta, é se contentar com esta faixa, ‘Dancin’ In Circles’ e o single já lançado ‘Perfect Illusion’. O trio combina bem para o intermediário da playlist, que ainda trará mais surpresas.
A artista tem sua voz muito bem evidenciada neste disco – são menos efeitos eletrônicos, e mais potência na garganta. A seguir, ‘Joanne’ segue com letras bem pessoais e mais profundas, dialogando sobre amores passados e até sobre superação em ‘Hey Girl’, em um belo dueto setentista com Florence Welch.
Mais pensativa, Gaga surpreende ao pisar em um estilo muito inesperado. As paradas musicais talvez é que sintam um pouco de saudades – pois o pop chiclete, que era sua marca registrada, ficou para escanteio. Mesmo assim, ‘Joanne’ vale ser ouvido. Por falar de amores, superação e aventuras na vida.
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