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A greve mais longa de que se tem notícia
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Se você vê uma greve geral como um bom período de férias fora de época, precisa rever os seus conceitos. Digo isso como alguém que passou pela maior paralisação da história da educação na América do Sul, quando as universidades estaduais do Paraná ficaram cerca de seis meses paradas. É isso mesmo que você leu. Segundo o bacharel em História Evandro Castagna, que fez um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) sobre a greve de 2001, essa foi a mobilização mais longa de que se tem notícia.

Eu estava no primeiro ano de Jornalismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a preocupação bateu. No começo aproveitei o “tempo livre” para adiantar um trabalho da faculdade. Uma colega sugeriu que a gente formasse um grupo de estudos. Como a maioria dos estudantes da minha sala não era de Londrina (havia só três pés vermelhos; o restante vinha do interior de São Paulo, do Rio e de Goiás), eles voltaram para as suas casas e a ideia não foi para frente. Quando vi que as aulas não recomeçariam tão cedo, fui procurar emprego. Comecei a trabalhar numa videolocadora e fiquei por lá até o fim da greve.

Quem não trabalha e não tem nenhuma pesquisa pendente pode colocar as leituras em dia. Viajar, a menos que você vá sozinho, é bem complicado. Está todo mundo estudando ou trabalhando. A insegurança é outro efeito negativo da greve. Pelo fato de ninguém saber quando as aulas voltarão, não há como fazer planos para o fim do ano. O estresse também afeta aqueles que participam do movimento estudantil e ficam ansiosos por uma resposta positiva do governo.

Você também passou por essa situação? Então deixe aqui o seu depoimento e sugestões para outros estudantes.

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