No ano em que os atentados completam uma década e os Estados Unidos anunciam a morte do principal mentor da tragédia, o terrorista Osama bin Laden, o assunto também esquentou as conversas da equipe do Vestibular:
“Não me esqueço desse dia. Fiquei sabendo dos atentados pelo rádio, quando voltava das aulas de Jornalismo na Universidade Estadual de Londrina, pouco depois do meio-dia. Estava no primeiro ano da faculdade e a notícia era tão absurda que parecia irreal, algo no estilo A Guerra dos Mundos. Em 1938, a história desse livro de ficção científica foi transmitida ao longo da programação de uma grande rede de rádio dos Estados Unidos, sem que os ouvintes soubessem que se tratava de uma encenação. Resultado: milhões de americanos entraram em pânico achando que o planeta era alvo de um ataque extraterrestre. Eu havia acabado de estudar o caso para as aulas de Radiojornalismo e a comparação foi inevitável. Eu tinha na época 19 anos de idade, ou melhor, tinha completado 20 havia poucas horas. Sim, era o dia do meu aniversário, que ficou marcado a partir daquela data.”
Marcela Campos, editora interina
“No dia do atentado eu estava em casa, excepcionalmente. Na época eu era estudante do segundo ano de Odontologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – curso que fiz pela metade antes de escolher Jornalismo. A UFPR enfrentava uma das greves mais longas da sua história. Sem aulas, estava praticamente em clima de férias. Aproveitei o tempo livre para fazer um estágio, mas apenas na parte da tarde. Quando o ataque à Torres Gêmeas aconteceu, eu estava dormindo. Acordei com a ligação de um colega de faculdade, que me avisou, escandalizado. Na mesma hora liguei a tevê. Lembro como se fosse hoje da primeira sensação que tive: tudo parecia um filme, uma superprodução hollywoodiana. Demorei para processar a informação.”
Anna Simas, repórter
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