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Marcos Malucelli é um sujeito educado, inteligente, de voz mansa, quase tímido. Eu o conheci da redação deste matutino. E o vejo mais dirigindo uma loja de departamento do que um clube de futebol.

“Bom dia, senhora, em que posso ajudá-la? Sim, claro, por aqui, por favor”.

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Para comandar um clube de futebol o indivíduo tem de ser casca grossa, autoritário, áspero, duro, sín ternura; não deve estar nem aí para amabilidades, gentilezas.

Jogadores de futebol são extremamente vaidosos – olha os penteados, as roupas, os carros! – e se melindram com qualquer contrariedade.

Se o jogador estiver acostumado com a titularidade, é só colocá-lo no banco e você verá o tamanho do beiço. Entre eles há muito ciúmes, o que é natural em um ambiente altamente competitivo como é o futebol, apesar de que, aos microfones, parecerem uns anjinhos. Só conversa mole.

Definitivamente nossos jogadores andam precisando levar uns cascudos no cocuruto; aquele croque didático, de pai para filho. Porém faltam pais, sobram filhos.

Por que estou dizendo isso? Ah, sim… É que o que venho assistindo a respeito da crise do Atlético Paranaense vem me causando urticárias. Notícias e opiniões ricocheteando para todo lado. Ninguém sabe nada, todos supõem que. Um Deus nos acuda.

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Este cartunista – e dublê de cronista esportivo – tem uma solução “tabajara” para os problemas do Atlético: colocaria na prateleira para negociação imediata metade do time titular, não menos do que a metade. E botaria o técnico mais cruel e inclemente que houvesse na praça. Um que treinasse o time com uma corneta ao invés do apito e uma tesoura no bolso para os topetes.

E enquanto não se encontrasse as reposições necessárias, utilizaria o que de melhor o CT do Caju produz, além das tilápias do belo tanque d’água. Vimos que existe gente que sabe fazer gol por lá, como o guri Edigar Junio. Entrou no lugar do viejo Paulo Baier e fez seu primeiro gol como profissional e o de honra contra o Fluminense.

Enfim, este cartunista iria para o tudo ou nada. Até porque as casas de apostas estão pagando bem pouco para o rebaixamento do Furacão.

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Mano Menezes pediu paciência para a torcida em relação à nova formação do time que jogará a Copa América. Ora, pois… Mano precisa pedir paciência é para os técnicos que estão perdendo seus melhores jogadores para a difícil disputa do Brasileirão.

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O Santos, na ZR e de longe o mais prejudicado pela seleção da CBF, quando tiver Ganso e Neymar de volta poderá ainda estar na soleira da tabela. E, o pior, poderá não contar mais com seus pupilos, com passagens marcadas para o futebol estrangeiro.

(Coluna deste sábado da Gazeta impressa, com uma penteada aqui e ali para o blog. Abaixo a charge de domingo, em primeira mão só aqui, freguesia)

Mandem bola, chicas y chicos.