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O NHS - National Health Service, o serviço de saúde pública do Reino Unido, determinou nesta semana que todos os radiologistas dos hospitais da rede pública perguntem aos homens, com idade entre 12 e 55 anos, se eles estão grávidos.
Antes de seguir adiante, um disclaimer necessário: como se sabe, na nova democracia, este é um daqueles assuntos sobre os quais está proibido divergir ou fazer juízo de valor, então o que se segue é apenas um resumo objetivo do que foi noticiado pela imprensa europeia. Que o leitor tire suas próprias conclusões, por sua conta e risco.
Pois bem, o novo protocolo hospitalar tem como objetivo a integração dos pacientes não-binários, transgênero e intersexo. O protocolo foi formulado pelo NHS depois de um incidente envolvendo um paciente que era homem trans (mulher biológica), que fez uma tomografia computadorizada sem avisar (ou sem saber) que estava "grávido", colocando em risco a saúde do feto.
O NHS agora exige que as equipes perguntem a todos os pacientes homens se eles estão grávidos, sem fazer pressuposições sobre o sexo biológico ou a identidade de gênero do paciente. O procedimento era anteriormente restrito às mulheres "cis".
Segundo o jornal "The Telegraph", alguns hospitais foram além: passaram a pedir a todos os pacientes que preencham um formulário incluindo o seu sexo designado no nascimento, o seu nome social e os seus pronomes preferidos.
Um paciente precisou se submeter a exames diários antes de uma delicada cirurgia no esôfago. De tanto perguntarem se estava grávido, ele entrou em crise de identidade
Segundo o mesmo jornal, vários pacientes ficaram indignados - os pacientes fascistas, é claro! Técnicos em radiologia testemunharam casos de homens e mulheres "cis" que se sentiram incomodados, ofendidos ou mesmo humilhados, a ponto de desistirem de fazer os exames.
Houve também o caso de um paciente que precisou se submeter a exames diários antes de uma delicada cirurgia no esôfago. De tanto perguntarem se ele estava grávido, ele entrou em crise de identidade (de novo: estou apenas relatando o que disse a mídia europeia).
Outra razão de desconforto entre os pais de pacientes menores de idade foi o fato de o novo protocolo induzir adolescentes de 12 a 17 anos a escolher se querem ser tratados como "ele" ou "ela". Os pais que ficaram revoltados com isso também devem ser fascistas.
Segundo o NHS, a proporção de adultos britânicos “que se identificam como trans ou não-binários chega a 4,5%” - dado diferente do censo do Gabinete de Estatística Nacional, que aponta 0,5%, mas que importância tem isso?.
O NHS também afirma que 1,7% dos britânicos são intersexo.
Entrevistada pelo "The Telegraph", a médica Louise Irvine declarou: "Dado que é impossível qualquer pessoa do sexo masculino engravidar, não há necessidade de perguntar aos homens se podem estar grávidos, evitando assim muitos constrangimentos e transtornos".
Atenção! Quem está dizendo que homens não podem engravidar é a doutora Louise Fletcher, que deve ser fascista! Eu estou apenas resumindo a história.
A médica prosseguiu: "Se um paciente se identificar como transgênero ou não-binário, e seus registros indicarem que ele é paciente é biologicamente feminino, então poderá ser respeitosamente questionado sobre a possibilidade de gravidez. As novas diretrizes propostas turvam a água ao incluir as chamadas condições intersexuais.”
Por sua vez, Fiona McAnena, diretora da ONG "Sex Matters" ("Sexo Importa": só pelo nome já dá para ver que é fascista!) declarou: “Essa política está entre os piores exemplos de órgãos que perdem o juízo ao colocar a ideologia à frente dos fatos biológicos. Submeter profissionais de saúde e pacientes do sexo masculino a esta farsa humilhante, com formulários de gravidez inclusivos e perguntas sobre pronomes, é inapropriado e uma chocante perda de tempo."
Fiona fascista! Não passará!
Conteúdo editado por: Aline Menezes