As férias de três meses do ex-presidente Jair Bolsonaro em Orlando (EUA) já custaram R$ 885 mil ao contribuinte. E ainda falta a prestação de contas dos últimos 15 dias nos Estados Unidos. A maior despesa foi com as diárias e passagens dos assessores e seguranças do ex-presidente de janeiro a 15 de março – R$ 629 mil. Apenas em janeiro, três integrantes da equipe de apoio de Bolsonaro receberam 87 diárias no valor de R$ 182 mil. A despesa total naquele mês, incluindo passagens, chegou a R$ 211 mil.
As diárias da equipe de apoio no final de dezembro, quando Bolsonaro ainda era presidente, somaram mais R$ 150 mil. Além dos gastos com diárias e passagens antes da virada do ano, foram realizadas despesas no total de R$ 106,5 mil com taxas aeroportuárias/comissaria, seguros-viagens e telefonia, segundo a Presidência da República informou ao blog por meio da Lei de Acesso à Informação.
Os salários se assessores e seguranças
Esses valores não incluem a remuneração da equipe de apoio do presidente. A folha mensal de pagamento dos assessores e seguranças estava em R$ 124 mil até fevereiro. Mas houve o acréscimo de mais um servido em março, um segundo sargento do Exército, elevando a folha para R$ 134 mil. Esse gasto é fixo, com ou sem viagens no Brasil ou pelo mundo.
O maior salário é do coronel de reserva Marcelo Câmara, tem aposentadoria de R$ 26,7 mil e ganha R$ 10,4 mil pelo cargo de assessor – num total de R$ 37 mil. O capitão da reserva Sérgio Cordeiro tem aposentadoria de R$ 20,5 mil e cargo de assessor especial de R$ 13,6 mil, totalizando R$ 34,2 mil.
As mordomias de Bolsonaro e demais ex-presidentes estão previstas na Lei 7.474/1986. Os ex-presidentes têm direito a diárias e passagens para seguranças e assessores, dois carros oficiais blindados, combustível, locação de veículos, telefonia e telecomunicações. O presidente Lula tinha direito a esses benefícios até dezembro de 2020. Eles foram suspensos até o final do seu atual mandato.
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