O presidente Lula foi recebido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández| Foto: Kaloian/ Ministerio de Cultura de la Nación
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No primeiro mês de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gastou R$ 500 mil com diárias e passagens de seguranças e assessores nas suas viagens nacionais e internacionais. Em janeiro de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 207 mil. Em valores atualizados pela inflação, foram R$ 263 mil – cerca de 53% das despesas de Lula.

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Na publicação desta reportagem, o blog apontou uma despesa menor do presidente Lula. Nas viagens internacionais, os dados consideravam apenas as despesas pagas pela Presidência da República. Com o acréscimo de despesas do Ministério das Relações Exteriores com diárias e passagens, houve um acréscimo de R$ 314 mil nas despesas de Lula. Na visita ao Uruguai, houve um acréscimo de R$ 86 mil nas despesas com diárias e passagens.

As opções dos dois presidentes foram semelhantes – poucas viagens nacionais e uma internacional. Na viagem à Buenos Aires, onde reuniu-se com governantes do Mercosul, Lula firmou acordos de cooperação, defendeu a criação de uma moeda comum com a Argentina e prometeu usar Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar obras na América do Sul, como já ocorreu em governos petistas anteriores. Foi recebido pelo presidente argentino Alberto Fernández.

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As diárias e passagens dessa viagem somaram R$ 309 mil. Numa rápida passagem por Montevidéu, Lula tratou com o presidente uruguaio, Lacalle Pou, sobre projeto da hidrovia da bacia da Lagoa Mirim, na fronteira dos dois países. As despesas com a equipe de segurança ficaram em R$ 116 mil. Os dados oficiais disponíveis não incluem gastos com cartões corporativos, que pagam despesas aeroportuárias, hospedagem e locação de veículos.

Dados sobre despesas pagas com cartões corporativos, divulgados pelo governo Lula, mostram que o atual presidente gastou mais do que o dobro (em valores atualizados) das despesas feitas no governo Bolsonaro, de 2019 a 2022.

Aposta em Davos

Bolsonaro apostou no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, como primeira viagem internacional. Anunciou a intenção de colocar o Brasil no ranking dos 50 melhores países para investir. Disse que a meta passaria por medidas como a privatização de estatais – algo que não ocorreu em seu governo. Defendeu um meio ambiente “casado com o desenvolvimento” e disse que o Brasil é “o país que mais protege o meio ambiente”. As diárias e passagens daquela viagem custaram R$ 252 mil.

Um dado curioso do primeiro mês do governo Bolsonaro. Foram gastos R$ 174 mil com diárias e passagens de seguranças em viagens de familiares do presidente. Não há registros de viagens de familiares de Lula no primeiro mês do seu atual governo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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