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Um dia de fúria em Brasília

Fotos: Lúcio Vaz (Foto: )

Os manifestantes que protestavam contra as reformas da Previdência e trabalhista e defendiam a renúncia do presidente Michel Temer, com a realização de eleições diretas já, entraram em confronto com a Polícia Militar por volta das 15 horas nas proximidades do Congresso Nacional, em frente ao Ministério da Saúde. Vários ministérios tiveram os vidros quebrados.

Convocados por centrais sindicais e movimentos sociais, os manifestantes reuniram-se no estacionamento do estádio Mané Garrincha pela manhã. Seguiram para a Esplanada dos Ministérios por volta das 11h30. Eram cerca de 35 mil pessoas no auge da mobilização. Os organizadores colocaram os carros de som na parte plana, distante cerca de 1 quilômetro do Congresso, mas parte dos manifestantes tentaram furar o bloqueio dos policias militares.

Mascarados viraram e espalharam pelo Eixo Monumental Sul banheiros químicos que estavam em frente aos ministérios. Um grupo tentou avançar com uma faixa verde a amarela gigante, mas foram impedidos pelos policiais. A tropa de choque interveio, tentando afastar os mascarados, mas foram recebidos com foguetes, que pipocavam na sua volta. Jogaram bombas de efeito moral com lança-granadas. Um manifestante caiu, aparentemente sentindo falta de ar, e foi socorrido pelos policiais.

Os líderes do movimento subiram no carro de som e pediram calma aos manifestantes e policiais. Após cerca de 20 minutos de discursos, tiveram que interromper o ato porque já havia muita violência na Esplanada. Os mascarados se protegiam com tapumes retirados na fachada no Ministério da Agricultura. Colocaram fogo num banheiro químico, o que exigiu a intervenção do Corpo de Bombeiros.

Os líderes do movimento pediram que a mobilização fosse encerrada para evitar mais violência. Nos ministério e prédios públicos e privados nas cercanias do Congresso os funcionários foram liberados porque havia temor de mais quebra-quebra.

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