A viagem da primeira dama, Michele Bolsonaro, para Telavive (Israel), em maio, acompanhada de religiosos e da ex-ministra Damares Alves (Republicanos), custou R$ 225 mil aos cofres públicos. Essa foi a despesa com diárias e passagens dos cinco integrantes da equipe de segurança que acompanhou a primeira dama, dois deles oficiais superiores. Neste ano, familiares do presidente já torraram R$ 720 mil com viagens. Em todo o ano passado, as despesas somaram R$ 900 mil.
Na viagem a Israel, só os gastos com passagens chegaram a R$ 132 mil. As despesas totais do oficial superior Gladstone Barreira somaram R$ 57,4 mil, sendo R$ 30 mil com o pagamento de 15 diárias e R$ 26,5 mil com passagens. A major Ana Lúcia de Freitas Rossi gastou R$ 43 mil, sendo R$ 15,5 mil com oito diárias. Cada um dos três sargentos que estavam na comitiva recebeu em torno de R$ 14 mil por oito diárias. A Presidência não custeia despesas diretas da primeira dama.
A Presidência da República não revela a programação da primeira dama em viagens, mas a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos fez ampla divulgação da viagem nas suas redes sociais. Dia 16, Damares publicou: “Emocionante!! A primeira dama dentro de um barco no Mar da Galileia (onde Jesus andou sobre as águas) hasteia a bandeira do Brasil”. Michelle também esteve com o maquiador e amigo Agustin Fenandes, que postou fotos do encontro com a primeira dama nas redes sociais.
As viagens pelo Brasil
Entre as viagens de familiares de Bolsonaro feitas no Brasil, a mais cara foi para Santa Rosa (RS), num total de R$ 127 mil, sendo R$ 110 mil com passagens, que custaram em média R$ 5,5 mil. A passagem de quatro praças custou R$ 6,5 mil – cada uma. Mas a Presidência da República não informa qual familiar fez a viagem, ocorrida de 4 a 8 de maio.
Um integrante da família do presidente esteve em São Miguel dos Milagres (AL), de 24 a 28 de março deste ano. A despesa com a equipe de segurança chegou a R$ 53,5 mil, sendo R$ 48 mil com passagens aéreas.
A viagem de um familiar para Porto Alegre, de 28 de abril a 2 de maio, custou R$ 45 mil, com R$ 41 mil destinados a passagens dos oito integrantes da equipe de segurança, incluindo um oficial superior. O deslocamento para Porto Seguro foi mais barato – R$ 23 mil. A escolta contava com cinco sargentos.
O blog perguntou ao GSI até qual grau de parentesco familiares do presidente têm direito ao acompanhamento de equipes de segurança em suas viagens. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) respondeu que a Lei nº 13.844, de junho de 2019, estabelece que compete ao GSI zelar pela segurança pessoal dos familiares do presidente da República e do vice-presidente da República, “sem estabelecer exigência de grau de parentesco”.
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