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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

Por quê? Por quê?

Protesto contra o passaporte sanitário em Paris, em agosto. (Foto: EFE/EPA/Christophe Petit Tesson)

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Meu novo projeto na internet, em parceria com Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza e Rodrigo Constantino, é um sucesso! Todo domingo, na principal plataforma de hospedagem de vídeos, são até 90 mil visualizações simultâneas. Em uma semana, as edições podem chegar a 800 mil visualizações. É um espaço livre, com opiniões sustentadas em argumentação, em fatos.

Principalmente, os quatro integrantes do programa buscam respostas, permitem-se indagações. E não há outro caminho. Há percalços, claro. Os nossos dias os multiplicaram. Os maiores são os algoritmos e a incansável, inabalável e enorme equipe de censores metidos a especialistas em tudo que a plataforma aparentemente mantém. Eles estão no nosso pé.

Permita-se sempre, com responsabilidade, o livre pensar. Permita-se, dentro da lei, ter livre opinião. Manifeste-se! Mas seja cético, desconfie de tudo

São os donos da verdade. Assim como já foram o jornal impresso que eu pegava toda manhã na porta de casa e o telejornal ao qual eu assistia à noite, de segunda a sexta. A mídia digital, as redes sociais, elas que viriam nos libertar do monopólio da informação, mantido pela mídia tradicional, nos amarram em seu próprio monopólio e tentam barrar o debate.

O Programa 4 por 4 levou mais um gancho... A razão real é facilmente deduzível. A razão oficial é genérica, vaga: “Seu conteúdo foi removido por causa de uma violação das diretrizes da comunidade. Você não poderá usar recursos como o envio de vídeos, postagens ou transmissões ao vivo por uma semana”. Não, não há indicação do trecho do programa, da fala exata, do conteúdo específico que teria se prestado ao papelão de violar alguma coisa...

Certamente, os questionamentos são o problema. Especificamente, aqueles ligados ao novo coronavírus e à doença que ele provoca. Enfim, perguntas... Do tipo: por que, com uma das maiores taxas de vacinação do mundo, Israel tem hoje um dos maiores índices de infecção do planeta? Por que Israel superou, em agosto, o máximo histórico de casos diários da Covid? Por que estados da Índia que adotaram o tratamento imediato têm números muito melhores no combate à doença do que estados que não adotaram?

E tem o duplo absurdo do tal “passaporte sanitário”... Além de aniquilar liberdades fundamentais, serve para quê? Não é sobre imunização, sobre saúde, é sobre vacina. Vacinados se infectam, adoecem e transmitem... Por que um infectologista amigo meu nunca viu alguém com a vacinação em dia contra sarampo, febre amarela, poliomielite, caxumba, difteria e hepatite ter essas enfermidades? Por que esse médico tratou, nos últimos 30 dias, de 150 pacientes vacinados contra a Covid que estavam com a doença?

Cada um deve definir o risco que quer para si. Obrigar a vacinar não dá. E tem gente contrária ao “passaporte” apanhando pelo mundo, sendo detida... Entre essas pessoas, há também aquelas que se vacinaram, mas entendem que aniquilar a liberdade, isso, sim, é genocídio. Então, permita-se sempre, com responsabilidade, o livre pensar. Permita-se, dentro da lei, ter livre opinião. Manifeste-se! Mas seja cético, desconfie de tudo. Renda-se apenas aos fatos, ao real. Você é a minoria mais especial: o indivíduo. Pergunte, indague. Em todas as frentes, todas as plataformas. E faça como o Programa 4 por 4: invista em site e aplicativo próprios...

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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