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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

Conciliação e paz

(Foto: Gil Ferreira/SCO/STF)

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Quem não quer conciliação? No fundo, até os mais beligerantes e enfrentadores querem. Daí a enxergar alguma possibilidade de entendimento vai uma boa distância. E por quê? Os editoriais da velha mídia falam num governo federal que “tenta criar constantemente arruaças, conflitos e instabilidades”, criticam o “comportamento conflituoso e irresponsável do presidente”. A culpa é dele, apenas dele, já que “todos, exceto Bolsonaro, pedem, em uníssono, paz e tranquilidade”. Fingindo defender a conciliação, os jornalecos afirmam que “a simples menção à crise remete diretamente a Jair Bolsonaro”. Querem o golpe, que sempre acusaram o outro lado de planejar.

É preciso ser muito cínico para não enxergar uma oposição destrutiva, que aposta na desestabilização e na desarmonia, que joga contra o país, contra seu povo, com o objetivo de atingir o governo. Juntam-se a velha imprensa, os partidos de esquerda, o Judiciário... E não podiam faltar as centrais sindicais, que querem todo o poder para o Legislativo e o Judiciário, os governadores e prefeitos. Torcem para que esses “estejam à frente de decisões importantes, em nome do Estado de Direito, para conter os arroubos autoritários do presidente e dispor sobre questões urgentes, como geração de empregos, criação de programas sociais e correto enfrentamento da crise sanitária”.

Como pode haver “conciliação” quando se culpa o presidente por tudo, até pelas consequências de medidas que ele não tomou e que não defendeu?

Cinismo na veia! Os louros vão para quem apostou em lockdown, fechou tudo e jamais terá como comprovar cientificamente algum resultado positivo de medidas tão desequilibradas. A economia foi para o brejo, e a culpa é do presidente, que defendia o isolamento vertical, a liberdade médica para adotar ou não o tratamento imediato da Covid. Ele, que defendeu o direito de ir e vir, o direito ao trabalho, que é contra a vacina obrigatória, o “passaporte sanitário”. É ele o autoritário, o tirano. Não importa tudo o que fez para melhorar a liberdade econômica, o ambiente de negócios, não importa se a economia encolheu muito menos do que previam, muito menos do que desejava a oposição. Não importam o Pronampe, o prazo maior para o pagamento de impostos federais, o auxílio emergencial, planejado e lançado rapidamente, o Auxílio Brasil.

Quem não quer conciliação? Até uma associação do agronegócio bota a culpa em Bolsonaro. Diz que “o voto de confiança foi dado, e a confiança não foi retribuída”. Que voto de confiança alguém pode achar que foi dado? Numa semana em que o STF arquivou inquérito contra o deputado Aécio Neves por supostos recebimentos de propina, quem pode falar em conciliação? Numa semana em que o Supremo reconheceu erro em denúncia por crime eleitoral contra o senador Eduardo Braga e arquivou o caso, mas manteve as prisões do deputado federal Daniel Silveira e do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson... Onde está o erro? Onde estão os culpados? Acabem com a censura, com a perseguição, com os inquéritos e prisões ilegais. Cada um no seu quadrado. Cumpra-se a Constituição. Só assim haverá chance de conciliação e paz.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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