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Sempre gasto algum tempo pensando no tema desta coluna. Não por falta de assunto, pelo contrário. Há uma capacidade mundial absurda de produzir absurdos, e eles precisam ser apontados e contestados. Todos vêm carregados de contradições e incoerências. Nada se sustenta no discurso de enganação de quem tenta, principalmente, sinalizar virtudes. São pessoas afundadas na mais abjeta falta de bom senso, na mentira descarada lançada, no fim, contra todos nós. Ainda que não saibam (e muitas sabem), elas são diabólicas.
Começo pela entrevista da megaempresária Luiza Trajano. Como quase todo mundo que se diz socialista, ela não sabe o que isso significa. Renasceu na desigualdade promovida pelo capitalismo de Estado, que, no fundo, não é capitalismo, já que implode regras claras e concorrência leal. Jura que ser socialista é se preocupar com os mais pobres, fazendo questão de ignorar que só o capitalismo de verdade gera riqueza e diminui a pobreza. No fundo, ela sabe, e os números não negam. Na década de 1960, a porcentagem da população mundial na extrema pobreza chegava a 40%. Hoje, não passa de 10%. Seria mais baixa, se não fosse o combate tresloucado à pandemia, que derrubou a economia.
Cabe aqui um “parágrafo entre parênteses...” Jamais esquecerei de uma entrevista que fiz com Luiza Trajano, num antigo programa de tevê que eu apresentava. Era o início do “fecha tudo; a economia a gente vê depois...” Ela teve a desfaçatez de pedir a todos os empresários, em rede nacional, que não demitissem seus funcionários. Afirmou que suas empresas tinham condições de sobreviver por três anos sem receita e sem demissões. Suas empresas! Foi interpelada no ar pelo chef de cozinha do programa, Dalton Rangel, cujo restaurante, obrigado a fechar as portas, começava a acumular dívidas, no caminho inevitável da falência, com a demissão de 42 pessoas.
Nada se sustenta no discurso de enganação de quem tenta, principalmente, sinalizar virtudes.
Deixo claro: é preciso combater a extrema pobreza e a pobreza, não a desigualdade social, que sempre haverá. O mundo real derrubou todas as teorias socialistas, suas inconsistências, incongruências. Aliás, contradições e enganações são o tema da coluna de hoje. Por isso, não é digressão falar agora de uma desigualdade, disfarçada de discurso igualitário, que devemos combater. Temos um novo fenômeno na natação! Chama-se Lia Thomas e assumiu o primeiro lugar no ranking americano em todas as provas que disputa. Enquanto chamou-se William Thomas, competindo entre os homens, não figurava nem entre os quinhentos melhores nadadores dos Estados Unidos...
Mais engano, mais enganação: o assassinato de crianças no ventre das mães até os seis meses de gestação aprovado na Colômbia, sob aplauso de parlamentares brasileiras. A desculpa é que muitas mulheres morrem em cirurgias clandestinas para interromper uma gravidez. Melhor autorizar logo a matança dos bebês. A contradição humana não tem fim. Não comem carne nem derivados de animais, mas festejam vidas ceifadas no ventre. E como ficam os médicos, que juram “guardar respeito absoluto pela vida humana desde o seu início”? Hipócrates, pai da medicina, nasceu quase 400 anos antes de Cristo... Não é uma questão religiosa, mas, Deus, olhai por nós!