Melhor para o mundo do que a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana é a equipe de governo que o republicano está montando. O país mais rico e livre do mundo, com o maior poderio bélico, não pode simplesmente ignorar os principais problemas que afligem a humanidade. Trump demonstra claramente que sabe o que realmente importa, para além das questões domésticas americanas. E quem dera sua administração pudesse inspirar os possíveis candidatos a presidente do Brasil em 2026...
Tudo indica que, em seu novo mandato na Casa Branca, o republicano vai adotar uma linha dura contra a China. Não há risco maior para o planeta do que o Partido Comunista Chinês, e por várias razões. Ditadura, tirania, perseguição religiosa, étnica, capitalismo de Estado, selvagem, com exploração de mão de obra, desprezo a regras que deveriam ser obrigatórias, sem concorrência leal, sem respeito ao meio ambiente... Um regime imperialista, que intimida Taiwan, que subjuga países pobres, que lidera o eixo do mal, que ameaça o Ocidente.
Em 2026, precisaremos de um candidato que saiba dos males maiores que afligem toda a humanidade e reconduza o Brasil para o grupo dos países decentes
Donald Trump anuncia uma guerra contra a criminalidade, o terrorismo global encabeçado pelo regime dos aiatolás do Irã. E nada parecido com o desastre da retirada das forças militares americanas do Afeganistão se repetirá, mesmo que se fale na redução das tropas dos Estados Unidos no exterior. E tudo indica que o novo governo vai pressionar as ditaduras da Coreia do Norte, de Cuba, da Venezuela e da Nicarágua. Muito provavelmente, haverá esforços para pôr fim à guerra da Rússia com a Ucrânia e para reposicionar a União Europeia, tomada pela imigração ilegal, agressão a valores conservadores, submissa ao ecoterrorismo e em grande parte alheia aos verdadeiros fantasmas do mundo.
Com as indicações que Trump tem feito para a formação do governo, os histéricos do meio ambiente, da “ideologia woke”, os defensores do governo mundial, os bilionários globalistas, os tecnocratas da ONU e de todos os seus braços políticos e ideológicos também têm motivos para preocupação. As teses de que todas as soluções do mundo, para todas as pessoas, não importa onde vivam, passam pelo Estado gigantesco, por organismos internacionais e supranacionais sem representatividade serão enfrentadas com todas as armas. Mais do que nunca, Trump tem a chance de mostrar que toda essa baboseira, que toda essa gangue é contra o mundo real, ideal, verdadeiramente justo e livre.
No Brasil, também tem muita gente assustada com Donald Trump. Quem não faz parte do sistema, quem não se rendeu a ele sabe que o Brasil do PT está do lado errado, em todas as questões que citei até aqui. Lula está claramente posicionado no bloco contrário aos Estados Unidos, mas teve a condescendência da administração Biden-Harris. Agora o jogo deve mudar. O que se espera é que as atenções para a América Latina sejam maiores no segundo mandato de Trump. E, mesmo que os maiores jornais brasileiros não falem, o Brasil do STF, que implementa uma perseguição política capaz de arrastar até Elon Musk, já anunciado na equipe de Trump, pode encontrar resistência à altura no novo presidente americano, no seu secretariado e no Congresso dos Estados Unidos.
Olhando para 2026, o que parece claro é que a “direita permitida” não terá vontade alguma de encarar problemas mundiais que também dizem respeito, claro, ao Brasil. Não nos servirá apenas um técnico, um bom gestor, um positivista. Precisamos certamente de alguém honesto, pré-requisito básico, que compreenda o que deve ser papel do Estado, que não permita o descontrole inflacionário, a desvalorização da nossa moeda, o aumento do déficit fiscal, da dívida pública... Só que isso não basta. É preciso saber dos males maiores que afligem toda a humanidade e reconduzir o Brasil para o grupo dos países decentes, para o caminho do bem, dos princípios éticos, morais, do respeito às liberdades. Quem será o candidato capaz de enfrentar os muitos desafios inevitáveis?
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