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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

Golpes em curso

Comandantes das Forças Armadas entregam os cargos
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia com os antigos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)

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O limite, o jornalista aponta, é 2022. Se não for agora, com as Forças Armadas, e houver algum problema nas eleições do ano que vem, enfrentaremos “levantes policiais contra a ‘fraude’ e em nome da ‘legalidade’, puxando as milícias às ruas”. O golpe, leio nos jornais, parece estabelecido. Tudo sendo armado para imediatamente, desde o dia da posse do presidente...

Parece que agora vai. Autoritário, ditador, nazista, genocida, uma hora ele se entrega ao que todos esperam dele, desde o primeiro dia: a nova revolução, o golpe. Contra seu próprio governo, eleito de forma legítima e democrática. Não importa, o cara é louco. Olha essa troca no Ministério da Defesa, o portal de notícias deixa muito claro: o movimento “confirmou as preocupações da sociedade brasileira acerca de uma nova investida do presidente Jair Bolsonaro para usar as Forças Armadas politicamente e atentar contra as instituições republicanas e democráticas”. É assim: cada um decide o golpe que quer enxergar e combater.

O golpe virá, os jornais e os políticos da extrema-esquerda estão dizendo... Há mais de dois anos, eles insistem nisso

O STF dá golpe adoidado na Constituição. Muita gente faz questão de não ver. Principalmente os senadores, que deveriam enxergar tudinho do mundo supremo. Os juízes podem fatiar processo de impeachment, fazer inquéritos ilegais, libertar bandidos, prender ilegalmente, anular processos, suspeitar de qualquer um e impedir que qualquer um suspeite deles. Podem golpear a liberdade de expressão, censurar revista eletrônica, censurar site de notícias, prender jornalista, liquidar contas em redes sociais. Eles podem governar, todos podem governar, exceto o presidente da República, esse que o colunista rabugento do jornal, um democrata de carteirinha, quer ver derrubado por um golpe militar. Um golpe contra um possível golpe, isso deve poder.

Há gente que enxerga “arroubos autoritários” no presidente da República, mas aceita a transformação de governadores e prefeitos em ditadores. Saia de casa, golpe! Vai trabalhar, golpe! Tiranos de ocasião, fingindo que salvam vidas e usando como bem querem verba destinada pelo governo federal especificamente para a saúde. Fecha tudo, tranca tudo. Mata de fome, de pânico. Liberdades públicas, golpe! Direitos individuais, golpe! Batem, prendem, clamam por impeachment. Não custa tentar o afastamento, mais de 60 vezes, ainda que os “fins justifiquem os meios”, quaisquer meios. Então, tome pedido de impeachment! Vale também. O Centrão agradece.

O discurso tem ameaças, a chantagem cifrada. Invadir o ministério, mudar as peças, apontar com seus dedos podres os “antidemocráticos”. Parlamentares fisiológicos fingem combater aqueles que eles chamam de ideológicos... O Legislativo também quer mais, para além do tal presidencialismo de coalizão. Temos também isso, além do Judiciário encapetado e da imprensa cínica. O golpe virá, os jornais e os políticos da extrema-esquerda estão dizendo... Há mais de dois anos, eles insistem nisso. E não querem que ninguém enxergue os golpes que estão verdadeiramente em curso.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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