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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

E malandro é malandro

Mané é mané

Aviso ao leitor: A publicação desta foto de um autêntico Mané foi autorizada pelo Ministério da Verdade. (Foto: Domenech Castelló/EFE)

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Eles vão chamar quem eles quiserem de genocida, negacionista, nazista, fascista, extremista, golpista, burro... Eles vão chamar quem eles quiserem de “mané”. Agora, é preciso que todos entendam direitinho: tudo contra eles será “intolerância e violência”. Que fique claro: para que se cumpram seus objetivos, eles podem ser maledicentes. E, convenhamos, nós, seres humanos inferiores, temos mesmo defeitos terríveis.

Eles podem dizer que não têm lado e têm todo o direito de afirmar que você está do lado errado. Eles não têm lado, mas afirmam que são mais fortes. Por quê? Porque eles são o bem! Serão sempre deles todas as virtudes, a superioridade moral, ainda que se entreguem a mentiras descaradas. Quem discorda deles é desinformado, irresponsável, egoísta, insensível, mau.

Eles sabem o que é justo. Eles são pela diversidade, exceto a diversidade de pensamento. Melhor pensar como eles, “manés”

Eles são o princípio, eles são os princípios, eles são as teorias corretas, os postulados, as leis, eles são axiomas. Eles são tudo, todos os poderes, eles são a polícia. Contra eles há apenas bandidos, pecadores. Eles são santos, sacrossantos, fazem milagres, dissipam todas as maldições. Eles nos salvaram do vírus, da praga, da ruína, da desesperança, da falência, da pobreza, da fome, da poluição, das mudanças climáticas, de uma morte violenta.

Eles podem desafiar todos os indícios, todas as evidências, todas as provas, mesmo as concretas, cabais, irrefutáveis... Eles são incontestáveis, indestrutíveis. E vão reconstruir a sociedade. Eles têm conhecimento, cultura e inteligência mais do que suficientes para isso. Graças a eles, não haverá mais conflitos, não haverá mais confrontos. Os ignorantes estão contra eles. E eles já venceram. Entreguem-se, “manés”.

Eles são subjetivos, são a conspiração que veem nas ruas. Eles não acreditam no que é orgânico, espontâneo, no que é sistêmico. Sem a interferência deles, nada de bom será possível. Eles sabem o que é justo. Acreditam em advérbios, são politicamente corretos. São incorretos com fantasia colorida. Eles são pela diversidade, exceto a diversidade de pensamento. Melhor pensar como eles, “manés”.

Eles podem viajar o mundo, dando vivas à democracia, enquanto destroem o ambiente democrático no Brasil. Podem acusar, perseguir, impedir aos outros qualquer tipo de defesa. Mas defendem-se como poucos, um lambendo o outro. São a favor da censura, da censura prévia, não estão nem aí para as perguntas de ninguém. E perguntar qualquer coisa a eles, mesmo que educadamente, pode ser um acinte.

Eles são falsificadores fajutos da liberdade. Qualquer “mané” sabe disso. Eles são donos de sua própria democracia, forjada por um ferreiro bruto, com marretadas, com muita pancada. E chega de ironia... É fato: a única liberdade sobre a qual essa gente pode falar, com conhecimento de causa, é a liberdade de bandidos.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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