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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

Nas profundezas das narrativas

(Foto: Agência Brasil)

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Eles são a mentira e tomaram o poder. São a sujeira, o lixo do lixo, a escória. São maus, são nefastos. Estão abraçados, trocam elogios, são caloteiros. São cúmplices, são a mentira, toda a mentira. Eles são o terror, a violência, o ódio. São bandidos, são bandidos.

Seremos obrigados a acreditar que seus crimes não são crimes. Os criminosos são seus rivais; serão todos eliminados, um a um. A eles, todo-poderosos, estendem um tapete vermelho, a eles prestam continência, ainda que neles nada preste. As armas estão com eles, eles são uma droga.

Se há forças do bem, eles são contra elas. Sempre estarão do lado errado e vão empurrar, atropelar, dar socos, disparar destruição. Em seus palácios, em suas cortes, terão todo o luxo. Toda a riqueza será garantida a eles. Terão banquetes, não passarão fome.

Eles são o Estado que controla tudo nos mínimos detalhes. São assassinos da verdade, do bom, do belo

Eles são todos os erros, os pequenos, os médios, os crassos. São a enganação completa, os sequestradores de um continente. Colecionam vítimas, aos milhares, aos milhões. Não estão nem aí para ninguém. Não veem ninguém. O paraíso deles é o inferno de todos.

Eles são o Estado que controla tudo nos mínimos detalhes. São assassinos da verdade, do bom, do belo. São a corrosão, a ferrugem, o estragado, a podridão. Eles são o ocaso, o escurecer para sempre, a falta de moral e de ética.

Nunca andarão direito, são revolucionários, são demoníacos. Na sociedade que forjam não há direitos fundamentais, direitos humanos. Eles perseguem, censuram, prendem, torturam. São totalitários. Eles são parte de uma corja, de uma gangue, de uma quadrilha, uma facção criminosa.

Berram, gritam, ameaçam. Sabem que são ilegítimos, fajutos, inaceitáveis. Não têm resposta para nada... Por isso, não têm apreço por perguntas. Eles são narrativas, nada mais do que narrativas, um farelo de nada.

O fundo do poço é o que oferecem, as profundezas... A derrota sem fim é o que impõem, uma derrota avassaladora, geral. Eles são a vergonha sem limite, são trastes, são asquerosos, são párias.

Eles não desistem, são tudo de ruim que apontam naqueles que ainda não se calaram, que ainda se erguem contra eles, em defesa do que é correto. Eles são a violação, a transgressão, o desrespeito.

Seus abraços, seus apertos de mão, os elogios trocados... Eles são nojentos. Só não vê, só não ouve os absurdos e não reage contra isso quem também não vale nada... Eles desejam o poder para sempre, mas não terão, não terão.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

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